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Dallagnol: 2018 será ‘batalha final’ da Operação Lava Jato

Em coletiva de imprensa, procuradores lançaram apelo para que as eleições renovem o Congresso, 'principal ameaça' ao combate à corrupção

Por Estadão Conteúdo 27 nov 2017, 21h16

O procurador da República Deltan Dallagnol, coordenador da força-tarefa da Operação Lava Jato em Curitiba, afirmou nesta segunda-feira que o ano de 2018 será a “batalha final” da Lava Jato e que a “maior ameaça ao combate à corrupção vem do Congresso”. Ele fez um apelo à população para que não vote nos políticos envolvidos nas investigações e, assim, promova uma renovação no Legislativo, a ponto de garantir a aprovação de leis anticorrupção.

“Tanto pela perspectiva de evitar ataques do Legislativo contra as investigações, como pela perspectiva de avançar reformas, o ano de 2018 é a batalha final da Lava-Jato. A operação não vai ser julgada por quem ela prendeu ou condenou. Será julgada pela capacidade de mobilizar a sociedade e catalisar esforços para que reformas contra a corrupção sejam feitas e, para que assim possamos alcançar um país mais justo. Isso depende do Congresso que elegeremos em 2018”, afirmou Dallagnol.

As declarações do procurador foram dadas em uma entrevista coletiva de cinco procuradores da Lava Jato – de Curitiba, Rio de Janeiro e São Paulo -, convocada para divulgar a “Carta do Rio de Janeiro”, documento em que os investigadores apelam por uma reciclagem política nas eleições do ano que vem. “A renovação do Congresso pode levar à diminuição dos índices de corrupção”, completou Deltan Dallagnol.

Também presente, o procurador da República Eduardo El Hage, do braço fluminense da Lava Jato, atacou especialmente o foro privilegiado. “O foro privilegiado dificulta as investigações”, disse.

Em seguida, Dallagnol acrescentou que o Ministério Público espera “que o STF (Supremo Tribunal Federal) dê resposta rápida à questão do foro privilegiado”. O tema foi debatido no Supremo na semana passada, quando a maioria dos ministros votou por restringir o foro a deputados federais e senadores, mas o processo foi interrompido após o ministro Dias Toffoli pedir vista.

Crítico à estrutura e capacidade do STF de dar resposta aos casos de corrupção – na Lava Jato, o Supremo não condenou nenhum réu – Deltan Dallagnol disse ainda que a “Justiça não só demora. Demora, demora, demora”. Ele também negou que as investigações estejam perto do fim. Já El Hage afirmou que “ainda há um oceano de corrupção” a ser investigado no Rio de Janeiro.

Durante a coletiva de imprensa, Dallagnol ainda reiterou que nenhum procurador dos grupos de trabalho da Lava Jato pretende se candidatar a cargos públicos nas eleições. Ele declarou que qualquer afirmação nesse sentido é uma tentativa de desmoralização da operação anticorrupção.

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