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Curitiba acionará mil policiais militares para depoimento de Lula

Esquema de segurança será menor do que a operação armada para a primeira audiência entre o ex-presidente e o juiz federal Sergio Moro

Por Da Redação
Atualizado em 12 set 2017, 15h00 - Publicado em 12 set 2017, 11h22

O esquema de segurança em Curitiba para o depoimento do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) contará com um efetivo de aproximadamente 1.000 policiais militares, segundo a Secretaria de Segurança Pública e Administração Penitenciária do Paraná (Sesp). O petista se encontrará com o juiz federal Sergio Moro pela primeira vez após ter sido condenado a nove anos e seis meses de prisão pelo magistrado no caso do tríplex do Guarujá. A audiência está marcada para a tarde desta quarta-feira.

Também serão deslocados agentes da Polícia Civil, Corpo de Bombeiros, Departamento de Inteligência do Estado do Paraná (Diep), Guarda Municipal, Polícias Rodoviária Estadual e Federal, Polícia Federal e Agência Brasileira de Inteligência (Abin), entre outras. “É um esquema muito parecido, mas um pouco menor do que no depoimento anterior [no dia 11 de maio, no caso do tríplex]. Considerando informações repassadas a nós, virão menos pessoas”, disse o secretário da Segurança Pública, Wagner Mesquita.

Havia a expectativa de uma mobilização maior do que a registrada no primeiro depoimento de Lula a Moro. As autoridades cogitavam a vinda de 60 mil pessoas para Curitiba, mas a Secretaria de Segurança disse que o número não se confirmou. São esperadas para esta quarta cerca de 5 mil pessoas na cidade.

No primeiro encontro entre Lula e Moro, o esquema de segurança contou com 1.700 policiais militares. Um helicóptero da PM também foi mobilizado para fazer o patrulhamento da área. Toda a operação custou 110.000 reais.

Para evitar o conflito entre grupos pró e contra Lula, os apoiadores do ex-presidente ficarão concentrados na praça Generoso Marques, enquanto grupos críticos do ex-presidente ficarão nas proximidades do Museu Oscar Niemeyer. “A nossa intenção é que não haja qualquer contato entre estes dois grupos, assim como aconteceu no primeiro depoimento do ex-presidente, disse Mesquita.”

Em nota, o PT informou que entidades e movimentos sociais, articulados pela Frente Brasil Popular, realizarão um ato em apoio a Lula. A manifestação ocorrerá às 18h e contará com a presença do ex-presidente, que deverá discursar no local.

O processo

Lula será ouvido no processo em que a força-tarefa da Operação Lava Jato atribui a ele os crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro. Segundo o Ministério Público Federal, propinas pagas pela Odebrecht chegaram a 75 milhões de reais em oito contratos com a Petrobras. Este montante, segundo os investigadores, inclui um terreno de 12,5 milhões de reais para comprar um imóvel que seria para o Instituto Lula – mas que nunca foi usado – e outros 504 mil reais para a aquisição do apartamento vizinho ao que o petista mora, em São Bernardo do Campo.

Na última semana, o ex-ministro Antonio Palocci, que também é réu no processo, incriminou Lula ao prestar depoimento a Moro. Ele citou um “pacto de sangue” entre o empresário Emílio Odebrecht e Lula, que teria envolvido um “pacote de propinas” ao petista no final de seu segundo mandato no Palácio do Planalto, em 2010.

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O ex-ministro disse a Moro que a denúncia do MPF “procede” e que participou das tratativas sobre vantagens indevidas. Afirmou, ainda, que a relação entre os governos petistas e a empreiteira era “bastante intensa, movida a vantagens dirigidas à empresa e propinas pagas pela Odebrecht para agentes públicos”.

A defesa de Lula nega todas as acusações e diz que Palocci mentiu para tentar conseguir fechar o acordo de delação premiada que está negociando com o MPF. Palocci está preso em Curitiba desde setembro do ano passado.

(Com Estadão Conteúdo)

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