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Crivella e Freixo miram eleitor de centro no segundo turno

Os dois candidatos à prefeitura precisam ampliar seu eleitorado e fisgar os cariocas resistentes à esquerda e ao conservadorismo

Por Cecília Ritto Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 10 out 2016, 11h56

A disputa do segundo turno para a prefeitura carioca é um duelo de opostos. Marcelo Crivella, do PRB, e Marcelo Freixo, do Psol, só têm o nome em comum. De resto, diferem no campo das ideias, na maneira de fazer discursos e no perfil do eleitorado. O mapa de votação é um reflexo exato disso. Crivella dominou com folga as áreas populares da cidade, enquanto Freixo largou na frente nas Zonas Sul e Norte, onde estão os moradores com maior faixa de renda.

Com a cidade dividida, ganhar a eleição passará necessariamente pela habilidade de entrar no terreno do outro e avançar sobre o voto de centro. As opções que se colocaram entre o conservadorismo pregado por Crivella e a esquerda defendida por Freixo, representadas por Carlos Roberto Osório (PSDB), Indio da Costa (PSD) e Pedro Paulo (PMDB), abocanharam 33,7% dos votos no primeiro turno. Cabe agora aos dois Marcelos conquistar estes e, se possível, trazer para perto uma parte do imenso contingente dos 40% de eleitores que votaram branco, nulo ou se abstiveram de comparecer às urnas.

“Crivella precisa neutralizar a resistência de setores médios, avessos à relação dele com a família Garotinho, e Freixo deve diversificar a fala, porque o discurso ideológico tem um teto de 25% dos votos no Rio”, analisa Ricardo Ismael, cientista político da PUC-RJ. Os dois terão de ajustar as estratégias para conseguir ampliar o eleitorado. Freixo, na comemoração do resultado do primeiro turno, pediu a saída de Michel Temer da Presidência da República – o que o afasta de parte significativa dos eleitores de centro que defenderam o impeachment de Dilma Rousseff em manifestações de rua. Crivella, além de precisar minimizar a sua relação com Anthony Garotinho, do PR, partido que indicou o vice na sua chapa, tem de diminuir sua rejeição por ser bispo licenciado da igreja Universal e sobrinho de Edir Macedo.

A solução encontrada por cada um para este segundo turno começará a ser vista em breve. O candidato do PRB já tem ido a encontros mais privados na Zona Sul, para fisgar uma parcela maior da classe alta da cidade. Freixo quer ser mais visto na Zona Oeste, onde está a população mais pobre do Rio. Por enquanto, a pesquisa Datafolha divulgada na última quinta-feira mostrou Crivella com 44% e Freixo com 27% das intenções de voto. Nesta semana, com a propaganda eleitoral de volta à TV e com as campanhas restruturadas, o termômetro ficará mais preciso.

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