Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

Cristiano Zanin, um advogado dos diabos

Defensor de Lula e pedra no sapato do juiz Sergio Moro, ele já defendeu tucanos e, na faculdade, era tido como 'de direita'

Por Ullisses Campbell
Atualizado em 23 set 2017, 09h44 - Publicado em 23 set 2017, 09h44

Até os idos de 2013, quando começou a advogar para a família Lula da Silva, Cristiano Zanin Martins era mais um entre centenas de advogados endinheirados de São Paulo a usar ternos Ricardo Almeida com abotoaduras e circular em carros importados pelas ruas dos Jardins. “Engomadinho demais”, dizia Lula sempre que Roberto Teixeira — seu compadre e hoje parceiro de acusações na Lava-Jato — indicava Zanin como interlocutor para algum assunto jurídico. O primeiro caso importante que ele assumiu na família foi o episódio do passaporte diplomático concedido a Luís Cláudio Lula da Silva, o filho caçula do ex-presi­dente, em 2013. A posse indevida de passaportes diplomáticos era, até então, o caso judicial mais ruidoso a rondar o clã.

O tempo passou e a proximidade de Zanin com os Lula da Silva cresceu na mesma proporção que a ficha criminal da família. Hoje, cabe ao jovem advogado, de 41 anos, defender o ex-presidente de acusações bem menos banais: corrupção passiva, lavagem de dinheiro e organização criminosa são apenas alguns artigos do Código Penal que Zanin está incumbido de driblar. O “engomadinho” agora é chamado por Lula de “Cris”, e é a Cris que o ex-presidente recorre quase que diariamente para consultas penais. Os dois também almoçam juntos com frequência — quase sempre no escritório de Teixeira ou na sede do Instituto Lula, já que o ex-presidente tem evitado locais públicos. Amigos de juventude de Zanin dizem que lhes custa crer no rumo que tomou a vida do estudante tímido vindo do interior de São Paulo. De família de classe média, ele se mudou em 1994 de Piracicaba para São Paulo para estudar direito na Pontifícia Universidade Católica (PUC-SP). “Rato de biblioteca”, “certinho”, “careta” e “de direita” eram adjetivos normalmente associados ao piracicabano, duas décadas antes de ele se tornar a sombra de Lula.

Leia a entrevista na íntegra assinando o site de VEJA ou compre a edição desta semana para iOS e Android.

Aproveite também: todas as edições de VEJA Digital por 1 mês grátis no Go Read.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

O Brasil está mudando. O tempo todo.

Acompanhe por VEJA.

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.