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Comissão de Direitos Humanos veta manifestantes

Decisão foi tomada nesta quarta-feira e vale para as próximas reuniões; colegiado também aprovou moção de repúdio a vice de Hugo Chávez

Por Gabriel Castro e Marcela Mattos, de Brasília
3 abr 2013, 16h30

A Comissão de Direitos Humanos da Câmara dos Deputados aprovou nesta quarta-feira um requerimento para que os manifestantes continuem impedidos de entrar no local das próximas reuniões. O acesso será restrito a funcionários da Casa e jornalistas. Como contrapartida, as sessões serão transmitidas em telões em outros pontos da Câmara. Além disso, os manifestantes serão procurados para decidir se aceitam enviar ao menos um representante às reuniões.

A decisão foi tomada por iniciativa do presidente da comissão, o deputado Marco Feliciano (PSC-SP), e teve o consentimento de todos os presentes. “Não há ninguém que lamente mais do que eu. Falo isso com o coração sangrando. Mas eu preciso trabalhar. A Casa tem cobrado dessa comissão trabalho”, disse Feliciano, que tem sido alvo de protestos por declarações consideradas discriminatórias contra homossexuais e negros.

O deputado João Campos (PSDB-GO), presidente da Frente Parlamentar Evangélica, classificou os manifestantes de “baderneiros, anarquistas, desrespeitosos, intolerantes e preconceituosos”. Ele também pediu que a Comissão solicitasse à Polícia Legislativa a identificação dos manifestantes, por causa da informação de que muitos funcionários da Câmara participam dos atos quando deveriam estar trabalhando.

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Marco Feliciano disse que o levantamento já foi requerido e que alguns assessores já foram identificados. Na semana passada, VEJA mostrou como funcionários ligados ao PT, ao PSOL e ao PV fazem parte das manifestações.

Nas semanas anteriores, quando a presença dos militantes foi tolerada no plenário, a fala de parlamentares acabou interrompida diversas vezes pelos protestos. Nesta quarta-feira, pela primeira vez, os manifestantes foram barrados desde o início da sessão. Eles permaneceram do lado de fora, gritando palavras de ordem. Alguns evangélicos também compareceram, e o clima entre os dois grupos se acirrou por diversas vezes. Um apoiador de Feliciano chegou a ser detido pela Polícia Legislativa após tentar agredir um militante contrário ao deputado.

Repúdio – A Comissão de Direitos Humanos também aprovou nesta quarta uma moção de repúdio a Nicolás Maduro, presidente da Venezuela e autor de declarações consideradas preconceituosas.

A proposta havia sido apresentada pelo deputado João Campos. Maduro, que era vice de Hugo Chávez e agora disputa a eleição para permanecer no comando do país, costuma fazer insinuações sobre a sexualidade do adversário. A última delas ocorreu em março: “Eu, sim, tenho mulher, escutaram? Eu gosto de mulheres”, afirmou o presidente.

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A proposta de Campos, a primeira a ser votada nesta quarta, é uma espécie de provocação a parlamentares de PT e PSOL que, ao mesmo tempo em que defendem o chavista Maduro, acusam parlamentares evangélicos de homofobia. “Penso que essa comissão tem o dever de se manifestar repudiando esse comportamento preconceituoso e discriminatório”, argumentou o tucano. A aprovação se deu de forma unânime, em votação simbólica.

Outros requerimentos foram aprovados; um deles trata de uma visita de integrantes do colegiado a Oruro, na Bolívia, para acompanhar a situação dos doze corintianos presos na cidade. Outro propunha a realização de um debate sobre a questão indígena.

Vices – Também nesta quarta-feira, a deputada Liliam Sá (PSD-RJ) foi eleita segunda vice-presidente da comissão. Anderson Ferreira (PR-PE) ficou como terceiro vice-presidente. Assim como Feliciano e a primeira vice-presidente, Antônia Lúcia (PSC-AC), eles são evangélicos.

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