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Cessão de terreno ao Instituto Lula gera protesto

Cerca de cinquenta pessoas protestaram na Câmara Municipal de São Paulo contra a cessão de terreno da prefeitura para a construção do Memorial da Democracia

Por Da Redação
10 Maio 2012, 12h55

Cerca de cinquenta pessoas representando ao menos cinco movimentos sociais protestaram na manhã desta quinta-feira na Câmara Municipal de São Paulo contra a cessão de um terreno na região da Cracolândia, Centro da capital, para a construção do Memorial da Democracia, a ser administrado pelo Instituto Lula. Apesar de convidado, o Instituto Lula não enviou representante para o início da audiência pública da Comissão Permanente de Política Urbana, Metropolitana e Meio Ambiente.

Segundo o representante do movimento “Revoltados Online”, Marcos Mahen, não estão claras quais serão as contrapartidas do memorial a ser criado pelo instituto do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. “Dizem que farão cursos. Cursos para quem? Ninguém é contra a memória do presidente, somos contra a cessão de um espaço público”, disse. O manifestante lembrou que não houve concessão de terreno público para a criação do Instituto Fernando Henrique Cardoso.

A representante do movimento “NasRuas”, Carla Zambelli, que afirma representar mais de 70 000 pessoas que aderiram ao protesto, leu trechos de um e-mail que, segundo ela, foi enviado pelo jurista Ives Gandra Martins, comparando a doação do terreno aos Fuscas com que o então prefeito Paulo Maluf presenteou os jogadores campeões da Copa do Mundo de 1970. “Kassab e o próprio Lula podem vir a ter problemas legais”, teria escrito Martins no e-mail.

O clima esquentou quando o vereador José Américo (PT) afirmou que os argumentos daqueles contrários à cessão do terreno soavam como de defensores da ditadura militar. “Vocês estão associados ao golpe de 1964”, disse, sob vaias. “Existe uma política pública de concessão. Transformar o Memorial da Democracia no substituto de todas as creches que não temos tem viés ideológico”, afirmou.

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Projeto – Representante da Prefeitura, o procurador Henrique Fugaya afirmou que a concessão do terreno – de cerca de 4 000 metros na Rua dos Protestantes – é importante porque o acervo documental dos dois mandatos do ex-presidente Lula é um patrimônio a ser conservado. “O acervo do FHC é particular, mas merece ter um apoio público”, afirmou.

A Câmara Municipal já aprovou o projeto em primeira votação no dia 18. Foram 37 votos a favor, 10 contra e 1 abstenção. A audiência pública antecede uma segunda votação antes de o projeto, se aprovado, ser enviado para sanção do prefeito Gilberto Kassab (PSD).

(Com Agência Estado)

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