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Candidatos na briga pelo 2º turno fogem de ataques diretos no SBT

Trocas de farpas se concentraram entre Marta e Haddad e as maiores ofensivas partiram principalmente de Major Olímpio e Luiza Erundina

Por Eduardo Gonçalves Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO , Nicole Fusco Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 23 set 2016, 19h26 - Publicado em 23 set 2016, 15h31

Faltando pouco mais de uma semana para a eleição municipal, os candidatos à prefeitura de São Paulo que estão embolados na liderança das pesquisas de opinião — João Doria (PSDB), Celso Russomanno (PRB) e Marta Suplicy (PMDB) – fugiram dos confrontos diretos no debate desta sexta-feira, transmitido pelo SBT. Na maior parte do tempo, eles permaneceram na defensiva preferindo pontuar as suas diferenças de propostas ao invés de indicar as falhas dos adversários. Os ataques mais duros partiram dos últimos colocados na corrida, Major Olímpio (Solidariedade) e Luiza Erundina (Psol). A exceção se deu com Marta e Haddad, que trocaram farpas sobre quem seria o autor de projetos da gestão anterior da ex-petista — o atual prefeito foi subsecretário de Finanças e Desenvolvimento Econômico do seu governo.

“Você parece que fez tudo. Fico até constrangida. Eu fiquei atacada quando você disse: ‘Melhor gestão no transporte’. Vai perguntar para a população. Eu até tive que usar colete [à prova] de bala para enfrentar a máfia dos transportes”, disse a peemedebista. Na fala anterior, em uma dobradinha com Erundina, Haddad afirmou que nenhum administrador havia feito mais do que ele para aumentar a velocidade dos ônibus e anunciou que iria implementar o passe livre para os desempregados.

Numericamente em primeiro lugar no Datafolha, divulgado ontem, Doria se absteve de fazer perguntas aos candidatos com chances de enfrentá-lo no segundo turno. Tentou fazer duas dobradinhas com o Major Olímpio. Na primeira oportunidade, declarou que “logo na semana seguinte” à eventual posse aumentaria a velocidade das marginais Tietê e Pinheiros. Na segunda, a estratégia não vingou. O candidato do Solidariedade enumerou os escândalos de corrupção que envolveram governos tucanos, como o cartel dos trens e a máfia da merenda, e perguntou se Doria iria romper com os quadros de corrupção ou manter a “maneira peessedebista” de gestão. Pupilo do governador Geraldo Alckmin (PSDB), Doria aproveitou para tecer elogios ao seu padrinho político, dizendo que ele era “humilde” e “honesto” e que a corrupção é exclusividade do PT.

Impedida de confrontar Doria por causa dos sorteios no debate, Marta usou as considerações finais para disparar contra o adversário, que vem crescendo a cada pesquisa. Comparou-o ao ex-prefeito Celso Pitta, à ex-presidente Dilma Rousseff e ao prefeito Fernando Haddad, dizendo que eles também se apresentavam como gestores e não como políticos.

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A ofensiva mais dura contra o tucano, no entanto, veio de Erundina, que foi a ‘franco-atiradora’ do debate. Ela lembrou que uma empresa do tucano recebeu verba do governo Alckmin e que ele “invadiu” uma área pública de 400 metros quadrados em Campos de Jordão (SP). Doria se esquivou do assunto, afirmando que o tema do debate se restringia a São Paulo. A candidata do PSOL não deixou barato: “Você insiste em dizer: ‘Eu sou gestor, sou empresário. São Paulo não é uma empresa. Aliás, as suas empresas foram patrocinadas pelo governo estadual na revista Caviar. O senhor como empresário deve gostar muito de caviar”, cutucou ela. Sem poder fazer a tréplica na hora, o tucano respondeu no bloco seguinte, dizendo que construiu a sua fortuna com muito trabalho e suor.

Os candidatos também tiveram que responder a perguntas incômodas dos jornalistas. Diante da queda abrupta nas pesquisas, Russomanno, que parecia menos calmo do que nos últimos debates, foi questionado se esse movimento seria uma repetição do pleito de 2012, quando ele não chegou a ir nem para o segundo turno. Respondeu:”Todos sabem que eu sou o candidato que tem menos tempo de TV”. Na verdade, entre os onze postulantes, o candidato do PRB é quem tem o quarto maior tempo.

O deputado e ex-apresentador de TV também foi indagado sobre a denúncia de que o seu coordenador de campanha, deputado Marcelo Squassoni (PRB-SP), usou notas fiscais frias para justificar despesas de sua cota parlamentar. Russomanno respondeu que Marcelo “disse a ele estar sendo vítima de coação” e exibiu um documento no qual pede à Polícia Federal a apuração dos fatos. “Para mim, tem que ser transparente”, afirmou.

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Haddad, por sua vez, foi perguntado se tinha vergonha do PT por esconder a estrela do partido do seu material de campanha. Na resposta, ele evitou falar da legenda, mas afirmou que “em todas as ocasiões, diz que foi o ministro do governo Lula que mais ampliou oportunidades para as crianças pobres da periferia”.

 

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