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Câmara não vai expulsar médica cubana, diz presidente da Casa

Ramona Matos Rodriguez veio ao Brasil para integrar o programa Mais Médicos e teme ser deportada para Cuba; ela alega receber menos do que os colegas de profissão e afirma que parte do dinheiro era desviado ao seu país de origem

Por Marcela Mattos Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 5 fev 2014, 12h04

O presidente da Câmara dos Deputados, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), afirmou nesta quarta-feira que não pode interferir sobre o abrigo concedido pela liderança do Democratas à médica cubana que desertou do programa Mais Médicos. Ramona Matos Rodriguez, 51 anos, fugiu da cidade paraense de Pacajá no último sábado e afirma estar sendo perseguida pela Polícia Federal. Ela passou a primeira noite no gabinete do DEM nesta terça-feira.

“É o espaço da liderança, então eu não poderia interferir. É uma decisão de exclusiva responsabilidade do Democratas, é um espaço a eles reservado nesta Casa. Portanto, é um direito deles e vamos respeitar”, disse Henrique Alves. “Fora do gabinete seria área da Câmara, área pública. Mas do jeito que está colocado vou respeitar porque está no limite do DEM”, continuou.

Alves negou ter feito qualquer contato com a Polícia Federal para tratar do tema ou ter solicitado um reforço na segurança. Segundo ele, o DEM não fez qualquer pedido em termos formais e tampouco “há necessidade” de intensificar a segurança da Casa.

Nesta tarde, o líder do DEM, deputado Mendonça Filho (PE), e o ex-líder Ronaldo Caiado (GO) vão se reunir com o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, para pedir asilo para a médica.

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Ramona teme ser deportada para Cuba e entregue ao regime ditatorial dos irmãos Castro. Ela afirma ter se sentido “enganada” após tomar conhecimento de que recebia menos que os colegas de outras nações, o que a motivou a fugir de Pacajá, onde estava desde outubro.

O Mais Médicos, programa do governo federal de “importação” de profissionais para dar atendimento nos rincões do Brasil, estabelece uma bolsa de 10.000 reais para os participantes – estrangeiros ou não. Apenas os cubanos têm salário diferenciado, já que parte da remuneração é injetada no regime cubano. A médica disse receber 400 dólares mensais, enquanto outros 600 dólares seriam depositados em uma conta em Cuba, recurso que poderia ser sacado ao retornar ao país. O destino do restante do dinheiro da bolsa, cerca de 7.500 reais, iria para o governo cubano.

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