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Cabral recebe afago de Zico, mas sai de campo no 1º tempo

Governador do Rio lança projeto de escolinhas de futebol em favelas, mas ainda evita falar sobre a crise que arranha a imagem das UPAs

Por Cecília Ritto Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 26 jul 2011, 13h20

Com seus amuletos, Beltrame e Zico, Cabral fez brincadeiras e celebrou um “viva” às UPPs

Em meio a uma crise que abala a imagem de dois de seus principais programas – as UPAs e as UPPs -, o governo do estado do Rio recebeu, na manhã desta terça-feira, um afago de carisma e popularidade. O governador Sérgio Cabral, que vem evitando aparições públicas e os microfones, foi ao Maracanãzinho para lançar o projeto Zico 10, com a participação do eterno ídolo rubro-negro. O programa prevê escolinhas de futebol em favelas pacificadas – ou seja, que receberam Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs).

Os professores do projeto serão capacitados pelo centro de treinamento do ex-jogador e atenderão duas mil crianças moradoras dessas áreas. Em um breve discurso, Cabral pediu que o secretário estadual de Segurança Pública, José Mariano Beltrame, ficasse ao lado dele. Com os seus amuletos, Beltrame e Zico, fez brincadeiras, falou de sua alegria com o projeto, frisou que o mais importante é a formação de boas pessoas e terminou dando um “boa sorte a todos”: “Viva as UPPs! Viva a escolhinha do Zico!”.

O movimento do governador ao lado do atacante do Flamengo é um contra-ataque. Desde a invasão dos bombeiros ao Quartel General da corporação, em 3 de junho, o governo Cabral enfrenta uma crise de popularidade. Após chamar os militares de vândalos e irresponsáveis, recebeu uma série de críticas da população, e teve de enfrentar a opinião pública. No dia 18 de junho, caiu o helicóptero com sete pessoas a bordo na praia de Ponta de Itapororoca, em Porto Seguro (BA). Entre os mortos estava Mariana Noleto, namorada de Marco Antônio Cabral, filho do governador do Rio, Jordana Kfouri, mulher do empresário Fernando Cavendish, e o empresário Marcelo Mattoso Almeida.

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A tragédia evidenciou um conflito de interesses entre governo e empresas contratadas pelo estado. Agora, tem de encarar às denúncias de irregularidades na construção das Unidades de Pronto-Atendimento (UPAs). A empresa contratada para produzir os módulos de aço, a Metalúrgica Valença, recebeu 140 milhões do governo estadual. A firma, no entanto, é de fachada, e a tarefa ficou a cargo de outras empresas subcontratadas por ela.

Cabral, que sempre demonstrou desenvoltura em agendas públicas e no contato com a população, voltou a se soltar. Entregou a camisa do projeto do ex-jogador para nove crianças, uma de cada favela. Depois, com o craque a seu lado, posou para a foto. A fala elogiosa de Zico fechou a manhã positiva de Cabral. “Fico feliz de poder estar participando do projeto de um governo que tem procurado dar liberdade e tranquilidade à população”, disse.

Alguns ex-jogadores chegaram ao estádio para participar de uma partida de futebol. Entre os integrantes das equipes estavam Djalminha, Cláudio Adão, Gonçalves, Leandro Ávila, Beto e Zé Carlos. Antes de a bola começar a rolar, Cabral e Zico entraram no campo. O ex-jogador deu o primeiro chute e passou a bola para o governador, que arriscou um chute. Cabral sentou-se novamente na beira do campo, de onde assistiu à cerimônia. Enquanto o jogo rolava, o governador, o vice, Luiz Fernando Pezão, e Beltrame, levantaram das cadeiras e apertaram o passo para deixar o Maracanãzinho, evitando a imprensa.

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