Barracos e dor de barriga: o debate do Rio que você não viu
Os bastidores do programa na Rede Bandeirantes teve briga na plateia e candidato pedindo para sair por problemas estomacais
As confusões no primeiro debate do Rio de Janeiro, transmitido pela Rede Bandeirantes, foram além do que as câmeras mostraram em duas horas de perguntas e respostas. Saiba mais sobre os bastidores do embate entre sete candidatos à prefeitura da cidade:
Amarelou? – A saída de Flavio Bolsonaro (PSC) do debate tem explicação: segundo o deputado estadual, uma diarreia o afetou durante todo o dia de ontem. Em nota na madrugada de sexta-feira, ele disse ter tido uma infecção alimentar.
Provocação da plateia – “Ô Jandira, você não é médica? Não vai atender ao Flavio Bolsonaro?”, berrou Cidinha Campos (PDT), candidata a vice de Pedro Paulo Carvalho quando o filho de Jair Bolsonaro passou mal e teve que deixar o debate. Jandira Feghali (PCdoB) bem que tentou, mas Bolsonaro pai não deixou. “Médica de araque”, disse.
Post apagado – Virou motivo de chacota nas redes um post de Flavio Bolsonaro das eleições de 2014 em que escreveu: “Dilma está levando uma surra moral de Aécio no debate, sua única saída será desmaiar”. Minutos depois do episódio em que foi obrigado a sair do debate, a mensagem foi apagada da internet.
Crivella e Romário – No camarim, Marcelo Crivella disse para interlocutores que conversou com o senador Romário horas antes do debate. Mesmo com o apoio do PSB a Índio da Costa, o ex-jogador negocia caminhar com o senador do PRB. Uma nova conversa entre os dois neste sábado deve selar a aliança.
Marina in Rio – Também nos bastidores, Alessandro Molon da Rede comentou sobre as primeiras agendas conjuntas com Marina Silva. No dia 3, a principal cabo eleitoral do candidato estará no Rio de Janeiro para andar no bairro de Santa Cruz, na Zona Oeste.
Propaganda vetada – Jandira Feghali tentou entrar nos estúdios da Band com um adesivo colado na blusa escrito “Fora Temer”. Foi impedida pela emissora.
Índio de preto – O visual de Índio da Costa causou burburinho na plateia. Sem blazer e de blusa preta colada ao corpo, desagradou dez em cada dez pessoas que assistiam ao debate. “Parecia o Steve Jobs”, comentou um gaiato.
Chefe fora – Renato Pereira, o marqueteiro responsável por vencer as últimas cinco eleições para o PMDB do Rio (Sérgio Cabral, Eduardo Paes e Luiz Fernando Pezão), se ausentou do debate da Band. Quem acompanhou Pedro Paulo Carvalho foi o jornalista Marcelo Carneiro.
Torcidas na rua – Antes do debate, do lado de fora, havia correligionários de dois candidatos apenas: Marcelo Crivella e Pedro Paulo, este em número três vezes maior. Muitas bandeiras e gritos da galera.
PMDB versus Osório – O ex-peemedebista Carlos Roberto Osório foi o mais hostilizado pela torcida de Pedro Paulo. “Traidor”, gritavam os militantes.
Lei do silêncio- Do lado de fora, algumas mulheres que ostentavam adesivos de Pedro Paulo admitiram que havia uma ordem para que não dessem entrevistas para jornalistas sobre o caso arquivado no Supremo Tribunal Federal em que o peemedebista foi acusado de bater na sua ex-mulher.