Apontado pelo Ministério Público como principal comandado de Alberto Youssef, o advogado Carlos Alberto Pereira da Costa encaminhou documento ao juiz Sergio Moro no qual afirma ter “incitado” o doleiro e o ex-diretor de Abastecimento da Petrobras, Paulo Roberto Costa, a colaborar com a Justiça – os dois são os mais importantes delatores do escândalo do petrolão. Carlos Alberto argumentou que, quando ficou preso, colaborou com as autoridades e, na cadeia, incitou os dois “para que também fizessem a colaboração espontânea, haja vista que permanecíamos juntos na Superintendência da Policia Federal”. Por isso, disse, a Justiça deveria conceder a ele perdão judicial. Carlos Alberto era o gestor de empresas de propriedade do doleiro, como GFD Investimentos, Expandir Participações, Mala Engenharia, Viagens Marsans, Web Hotéis, CSA Project Finance e, conforme a acusação, tinha envolvimento direto na ocultação e dissimulação dos investimentos realizados pelo grupo criminoso. O pedido de perdão judicial será analisado por Moro. (Laryssa Borges, de Brasília)