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Assessor investigado pede demissão em São Paulo

Tony Nagy doou 140 mil reais para a campanha do vereador licenciado Eliseu Gabriel; ele é investigado por envolvimento com a máfia do ISS

Por Da Redação
21 nov 2013, 16h21

O assessor especial da Secretaria Municipal do Trabalho Tony Nagy pediu demissão do cargo nesta quinta-feira, segundo o titular da secretaria, o vereador licenciado Eliseu Gabriel (PSB). Nagy é investigado pela Controladoria Geral do Município (CGM) de São Paulo por suposto enriquecimento ilícito e envolvimento com a chamada máfia do ISS (Imposto Sobre Serviços). De acordo com o vereador, o pedido de exoneração foi feito por e-mail porque Nagy está viajando pela Europa.

“Ele (Tony Nagy) viajou para a Europa, já levou quatorze faltas e vai ser exonerado. Ele mesmo mandou e-mail pedindo para ser exonerado. Primeiro, por causa dessa confusão toda; também para se defender. E se ele tem de se defender de algo, é melhor que esteja fora da secretaria”, disse Gabriel.

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O assessor especial doou 140 000 mil para a campanha a vereador de Gabriel. Desse valor, 110.000 reais foram doados em dinheiro. A legislação permite que uma pessoa física doe no máximo 10% dos seus rendimentos brutos a um candidato no ano anterior à eleição. Ou seja, Nagy deveria ter rendimento bruto de 1,4 milhão de real em 2011. Mas, na época, Nagy era assistente parlamentar de Gabriel na Câmara. Um cargo similar ao dele tinha remuneração líquida de 2.000 reais por mês. O caso foi revelado pelo jornal Folha de S. Paulo nesta quinta.

Nomeado para o cargo de assessor especial em fevereiro deste ano, ele ainda não declarou o seu patrimônio à prefeitura de São Paulo – essa medida é obrigatória para todos os funcionários públicos do município. Atualmente, Nagy recebe salário bruto de 4 852 reais. Ele mora em uma cobertura duplex na Vila Leopoldina, na Zona Oeste, e já apareceu no trabalho dirigindo um Porsche e uma BMW.

A família de Nagy tem uma empresa chamada Aprov Projetos e Regularizações de Documentos, que presta consultoria de outorga onerosa, quando o empreendedor paga a mais à prefeitura da cidade para construir acima do limite legal. Ele também tem uma casa lotérica em Moema, na Zona Sul.

A CGM apura a suspeita de que Nagy tenha sido o intermediador entre as incorporadoras e os quatro fiscais presos no dia 30 – agora soltos – sob a acusação de receberem propina para reduzir o preço do ISS. O esquema pode ter provocado prejuízo de 500 milhões de reais aos cofres públicos.

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Segundo o secretário municipal do Trabalho, o então assessor especial viajou para fora do país no dia 29, um dia antes de os quatro auditores serem presos. “Ele queria uma licença não remunerada e eu disse que não podia. Mas ele foi mesmo assim. Disse que era uma viagem longa”, disse Gabriel.

O secretário afirmou não acreditar que Nagy tenha ligação com a máfia do ISS. “Não tem a menor possibilidade. O dinheiro dele é dele mesmo. Ele trabalha muito com atividade relacionada a imóveis tombados”, disse. Ele também declarou que descobriu nesta quinta que o assessor não tinha declarado o patrimônio à prefeitura, mas que não há nenhuma irregularidade nos 140.000 reais doados por ele à sua campanha. “Ele tem outras atividades, tem outros trabalhos. Se tivesse qualquer coisa errada nessa doação, se ela fosse incompatível, a Justiça Eleitoral teria constatado no primeiro dia. Foi tudo declarado.”

(Com Estadão Conteúdo)

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