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Antes da Lava Jato, Okamotto mudou local do acervo de Lula

Para investigadores, a mudança foi uma tentativa de apagar rastros da ligação do ex-presidente com a construtora OAS, diz jornal

Por Da Redação
10 mar 2016, 08h40

O presidente do Instituto Lula, Paulo Okamotto, mudou os contêineres que abrigam o acervo do ex-presidente Lula da Granero para o depósito do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, em São Bernardo do Campo, na Grande São Paulo, em janeiro deste ano. Os investigadores da Operação Lava Jato interpretaram a mudança como uma tentativa de apagar a ligação com a construtora OAS, segundo o jornal Folha de S. Paulo desta quinta-feira.

A Granero armazenava o acervo desde 2011 e o material foi retirado depois que o contrato entre a empresa e a OAS, que pagou 1,3 milhão de reais pelo serviço, foi rescindido. A mudança ocorreu nos dias 18 e 19 de janeiro – mês em que ganharam força os rumores de que Lula poderia ser alvo da Lava Jato. De acordo com o jornal, a Granero começou a pressionar a OAS para retirar os pertences de Lula. Tanto que, em 25 de agosto do ano passado, a transportadora deu prazo de 30 dias para que isso fosse feito e o contrato, encerrado – o que só veio a acontecer no início de 2016.

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Os pagamentos da construtora à Granero são investigados pela Procuradoria por serem evidência de supostos favores recebidos pelo ex-presidente Lula de empreiteiras envolvidas no escândalo do petrolão. “A última atuação ilícita de Paulo Okamotto nessa fraude ocorreu no mês passado, no dia 12 de janeiro, quando ele indicou agentes para retirar os bens pessoais de Lula armazenados pela Granero”, disse a força-tarefa da Lava Jato em peça que foi anexada aos autos.

A mudança também foi uma das justificativas apresentadas no pedido de prisão temporária de Okamotto. O juiz Sergio Moro, no entanto, autorizou somente a condução coercitiva do presidente do Instituto Lula.

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À Folha, Paulo Okamotto disse que a mudança do acervo não tem qualquer relação com a Lava Jato e ocorreu por necessidade de organizar os pertences do ex-presidente. “A gente não conseguiu uma solução para o memorial que a gente ia construir. Queremos retomar o trabalho de classificação. Eu aluguei o armazém porque precisava de um lugar para guardar. A Granero me convenceu que era necessário um lugar que não tivesse ratos, traças e umidade. O material ficava em contêineres.” Segundo Okamotto, o espaço no Sindicato dos Metalúrgicos do ABC foi alugado a um “preço bastante módico”.

Em seu depoimento à Polícia Federal, Okamotto explicou que os valores desembolsados pela OAS para bancar o armazenamento dos contêineres na Granero foram uma espécie de doação ao Instituto Lula.

(Da redação)

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