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Mark Zuckerberg: negócio do Facebook é a mobilidade

Mercado reage bem à primeira entrevista do CEO após abertura de capital, em maio: ações da companhia sobem na bolsa

Por Da Redação
11 set 2012, 18h48

Quatro meses após conduzir a maior abertura de capital de uma empresa de tecnologia, Mark Zuckerberg, criador e CEO do Facebook, enfim falou. Em entrevista realizada no TechCrunch Disrupt, em São Francisco, na Califórnia, ele admitiu decepção com a queda do valor das ações da companhia na bolsa de valores e, tentando convencer o mercado, disse que o negócio da companhia é a mobilidade. A apariação de Zuckerberg parece ter agradado o mercado. Durante a entrevista, que durou 25 minutos, as ações da empresa na bolsa de valores subiram 4,6%, sendo cotadas a 20,32 dólares.

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“O desempenho de nossas ações tem sido obviamente decepcionante”, afirmou Zuckerberg – desde o lançamento, os papéis da companhia perderam mais da metade do valor. Mas o CEO foi rápido ao tentar mostrar o caminho para superar a situação: os dispositivos móveis. “Decepcionamos na Nasdaq, mas vamos fazer mais dinheiro a partir de acessos via celular, em comparação com o uso da rede em desktops”, afirmou.

A ênfase de Zuckerberg no segmento móvel tem uma motivação clara. Logo após a abertura do capital da rede, vieram à tona relatórios que apontavam uma mudança no comportamento dos usuários do serviço. Mais da metade dos cadastrados já utilizava o site a partir de dispositivos móveis. O problema é que o Facebook não parecia preparado para a virada. Afinal, seus anúncios mal eram vistos nos aplicativos que rodam em tablets e celulares – e a publicidade, como se sabe, é uma fonte vital de receita do negócio.

“O Facebook é agora uma empresa móvel”, pregou Zuckerberg, acrescentando que todos os esforços dele e de seus colaboradores estão voltados ao segmento. Em outras palavras, a fazer da experiência do usuários (e também do anunciante) uma aventura mais “enriquecedora”. “Eu faço tudo o que preciso usando meu celular”, garantiu. O objetivo, é claro, é convencer investidores e usuários que o serviço está pronto para os novos tempos.

Apesar do declarado empenho em mobilidade, Zuckerberg foi enfático ao negar os boatos de que a empresa trabalhe no desenvolvimento de um smartphone próprio. “Não faz o menor sentido”, disse. E ele explicou o porquê. “Temos mais de 900 milhões de usuários e nosso objetivo é tornar nosso ambiente acessível ao maior número possível de dispositivos de diferentes marcas”, disse. “Com um smartphone próprio, chegaríamos no máximo a 10 milhões ou 15 milhões de pessoas, o que é muito pouco diante do nosso potencial.”

Zuckerberg também comentou dois assuntos importantes para o serviço: a aquisição do Instagram e o aprimoramento de mecanismo de busca próprio. “Nós achamos o Instagram incrível e queremos ajudá-los a ganhar milhões e milhões de usuários”, disse, referindo-se ao aplicativo de customização e compartilhamento de fotos. Vale lembrar, o Facebook pagou 1 bilhão de dólares pelo controle do produto em abril.

Sobre o mecanismo de buscas interno da rede, ele foi sucinto, apesar da insistência do entrevistador, Michael Arrington, fundador do Techcrunch. “Estamos construindo um eficiente e grande motor de pesquisas na própria rede social”, sem detalhar o tamanho ou os objetivos da equipe. Mas com o pouco que revelou sobre o assunto Zuckerberg deixou clara a importância das buscas para seu negócio. “Acredito que o Facebook seja o único serviço capaz de oferecer certas informações. Quero que o mecanismo de busca responda questões como: em quais lugares meus amigos comeram sushi em Nova York nos últimos seis meses e gostaram.” Não por acaso, a rede incentiva tanto seus milhões de usuários a compartilhar feitos e preferências: aí está sua riqueza.

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