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Windows Phone, o terceiro elemento da telefonia móvel

Compra da Motorola pelo Google pode catalisar a ascensão do sistema para dispositivos móveis da Microsoft. Mas o programa precisa melhorar

Por James Della Valle
3 set 2011, 09h02

A futura operação de compra da Motorola Mobility pelo Google, anunciada em agosto, pode induzir uma alteração no mercado de smartphones mais drástica do que se imagina à primeira vista. Sim, com a aquisição, o Google vai se apropriar das milhares patentes da Motorola para aprimorar o Android, seu sistema operacional para dispositivos móveis, mas terá também a chance de produzir seu próprio smartphone. Um outro efeito da operação é a provável ascensão do Windows Phone, da Microsoft.

De acordo com o Gartner, grupo americano especializado em análise de mercado, atualmente, o setor de telefones inteligentes é basicamente dominado por dois sistemas: Android, com 43,4% do mercado mundial, e iOS, da Apple, com 18%. O segundo lugar ainda é ocupado pelo Symbian, da finlandesa Nokia, mas essé um sistema moribundo: sua participação de mercado despencou de 40% para 22% em um ano.

O Symbian foi colocado na UTI pela própria fabricante, que em breve substituirá o sistema operacional de seus aparelhos pelo programa da Microsoft, que responde por apenas 2% do segmento. Ou seja, já se espera que o Windows Phone dê um salto no mercado no próximo ano. “Sabemos que, com a ajuda da Nokia, ele pode despontar entre as plataformas móveis”, afirma Bruno Freitas, analista de mercado do grupo IDC. “Até 2015, o Windows Phone deve chegar a 20% do mercado, à frente do iOS, com 17%.”

A esperança da Microsoft, porém, é que o episódio Google-Motorola ajude a catalisar sua ascensão. A aposta da companhia fundada por Bill Gates é simples: ainda que o Google continue a fornecer seu sistema gratuitamente para outros fabricantes de smartphones (essa é a promessa), é possível que essas mesmas empresas se desinteressem pelo Android se perceberem que o gigante de buscas privilegia seus aparelhos. Ou seja, a aposta da Microsoft é que o Android deixará de ser uma plataforma “independente” de software, que atende indistintamente a todos os fabricantes de hardware.

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A empresa já tentou capitalizar sua imagem usando essa hipótese, apresentando-se como única plataforma a oferecer oportunidades iguais a todos os fabricantes de tablets e smartphones. “Investir em um ecossistema aberto é importante tanto para a indústria, quanto para seus consumidores”, apontou Andy Lees, presidente da divisão responsável pelo Windows Phone. “O nosso sistema é agora o único a proporcionar as mesmas oportunidades a todos os nossos parceiros.” Vale lembrar, o sistema iOS, da Apple, roda exclusivamente nos iPhones.

A tese da Microsoft pode até se provar correta e o Google assustar seus atuais parceiros, empresas como HTC e Samsung. Contudo, isso não será suficiente para que o Windows Phone avance no mercado. Para conquistar um lugar ao sol, a Microsoft terá de investir na produção de aplicativos para o seu sistema, uma vez que o Windows Market Place, a loja virtual de programas da companhia, ainda não oferece uma cartela de produtos interessantes. Atualmente, o serviço conta com cerca de 30.000 programas, número bem inferior aos mais de 500.000 presentes na App Store, por exemplo.

Um novo capítulo da história veio à tona nesta semana. Durante a feira alemã de tecnologia IFA, a Samsung apresentou três smartphones que rodam com sistema operacional Bada, já utilizado por outros modelos da companhia. O lançamento, sem aviso prévio, pode significar uma mudança na estratégia da empresa, que até agora vinha adotando principalmente o Android em seus aparelhos. Pode ser o início da adoção do plano B pela fabricante sul-coreana.

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