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Turistas brasileiros não vão poder usar Apple Pay nos EUA

Segundo Visa, parceira da Apple no novo serviço, recurso só poderá ser usado por brasileiros após acordo entre companhia, operadoras e bancos do locais

Por Renata Honorato
16 set 2014, 12h32

O iPhone 6 chega às lojas no próximo dia 19 e com ele o recurso Apple Pay, que transforma o smartphone em uma carteira eletrônica. Ao invés de usar um cartão de crédito físico, o usuário só vai precisar encostar o telefone em um terminal e autorizar a compra com a sua digital através do recurso Touch ID. Nos Estados Unidos, o novo serviço estará disponível para clientes americanos ainda neste mês. No Brasil, contudo, o Apple Pay ainda vai demorar um pouco para chegar ao país. E nem adianta tentar burlar a regra. Mesmo os clientes brasileiros das bandeiras Visa, Mastercard ou American Express, parcerias da Apple na iniciativa, não poderão usar o serviço em viagens ao exterior.

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Segundo Fernando Mendez, vice-presidente de produtos emergentes da Visa para América Latina e Caribe, o recurso Apple Pay é resultado de um grande acordo que envolve bancos, operadoras e Apple, é claro. “Estamos trabalhando nesse projeto há mais de um ano”, explicou o executivo em entrevista ao site de VEJA. “Trata-se de uma tendência, já que desenvolvemos uma solução segura capaz de simplificar a vida dos nossos clientes”, afirma Mendez. O porta-voz explica, no entanto, que os acordos são locais e que, por ora, somente os americanos poderão usufruir do recurso nas mais de 200.000 lojas que oferecerão o terminal compatível com a tecnologia.

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A Apple não divulgou quando o iPhone 6 e o Plus chegarão ao Brasil, nem quando o Pay estará disponível para os usuários brasileiros. As conversas entre a companhia, operadoras e bancos locais já começaram, e a estrutura que permitirá a implantação do serviço no país está pronta para ser usada. “Já temos, no Brasil, 1,3 milhão de pontos de aceitação prontos para funcionar”, diz Mendez sobre os terminais preparados para a tecnologia NFC, que torna possível pagamentos por aproximação. “Isso significa que a partir de outubro americanos que visitarem o país poderão pagar suas compras com o iPhone 6”, afirma.

O CEO da Apple, Tim Cook, durante evento de lançamento do iPhone 6 e do Apple Watch, em Cupertino, na Califórnia
O CEO da Apple, Tim Cook, durante evento de lançamento do iPhone 6 e do Apple Watch, em Cupertino, na Califórnia (VEJA)

Segurança – O NFC não é uma nova tecnologia, porém ela tende a se popularizar a partir da adoção da Apple. “A complexidade tecnológica para implementar um sistema como esse é muito alta. Todo o processo, que envolve transações e troca de dados, precisa ser muito seguro”, diz o executivo da Visa. Para Mendez, essa é a razão pela qual acordos similares com outras empresas, como Google, não surgiram anteriormente. “O NFC estava à frente do seu tempo e só agora se chegou ao consenso de como seria seguro explorá-lo nos pagamento móveis”, afirma. O Apple Pay segue uma tendência de mercado, cuja projeção é de mais de 1,9 milhão de dispositivos com NFC até 2017.

Segundo o porta-voz, o uso do Apple Pay é muito simples. Ao comprar um iPhone 6 ou Plus, o usuário é questionado se ele deseja ou não incorporar seus dados de cartão de crédito ao serviço. Se aceitar as condições, ele só precisa tirar uma foto do seu cartão. Essas informações são enviadas à Visa, que devolve à Apple um número alternativo – diferente do que está impresso no documento – conhecido como token. Cada smartphone tem um número exclusivo e essa identificação não pode ser usada para compras realizadas a partir de outros canais e dispositivos. A mecânica impede golpes, já que a transação só pode ser realizada por meio de um único aparelho e com a autenticação da digital do usuário.

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Concorrência – A solução encontrada pela Visa e por outras operadoras de cartão de crédito para oferecer segurança aos clientes não é exclusiva da Apple. Na prática, isso significa que outros sistemas usando NFC para pagamentos móveis podem surgir no mercado, caso companhias concorrentes, como Google e Samsung, consigam fechar acordos similar entre bancos e operadoras. “Outras parcerias devem surgir a partir do próximo ano”, adianta Mendez. Se a previsão se concretizar, a Apple não só ficará conhecida por transformar o mercado da música, dos apps e tablets, como também levará os louros por criar um novo modelo para o tão comentado pagamento mobile.

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