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Turismo de aprendizagem, modalidade para viajantes curiosos

Site brasileiro oferece cursos de grafite em São Francisco, culinária na Tailândia, prática esportiva nas areias cariocas e maquiagem em São Paulo

Por Renata Honorato
10 mar 2014, 13h58

O turismo cresce no mundo – e no Brasil. No planeta, mais de 1,1 bilhão de pessoas devem viajar em 2014, segundo a Organização Mundial do Turismo. Por aqui, a expectativa é que só a Copa do Mundo atraia mais de 600.000 pessoas, engordando o número de turistas que vêm ao país – que ainda é modesto, diga-se: só 5,4 milhões, menos até do que o registrado pela Argentina. De olho na ascensão desse mercado, a administradora de empresas Adriana Lima, de 31 anos, montou uma loja on-line de cursos livres para turistas. As aulas de curta duração são separadas em quatro categorias: fotografia, gastronomia, esportes e arte. Entre as opções estão cursos que ensinam os viajantes a grafitar em São Francisco, nos Estados Unidos, cozinhar thai food, em Chiang Mai, na Tailândia, se exercitar nas areias do Rio de Janeiro ou se maquiar em São Paulo.

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Adriana começou a desenhar o projeto enquanto morava nos Estados Unidos, para onde se mudou para fazer um MBA. A loja só saiu do papel no final do ano passado, quando ela e o marido voltaram para o Brasil. “Eu já tinha contato com o setor porque viajar é um hobby. Percebi que existia uma oportunidade em uma área chamada turismo de aprendizagem”, conta a empreendedora. “Mais do que viajar, as pessoas querem se envolver com a cultura local e aprender por lazer”, completa.

Segundo Adriana, as poucas alternativas estrangeiras oferecem cursos segmentados. O diferencial do Sabiar, como foi batizado o catálogo, é justamente oferecer uma gama de opções diversificada. “Nossa proposta é misturar experiências. Vamos incluir no site, por exemplo, um curso de astronomia no deserto e aulas de linguagem corporal na Chapada Diamantina.”

Os preços dos cursos variam de 20 a 200 dólares. As aulas são pagas, via PayPal, no próprio site. O modelo de negócio do Sabiar é baseado em comissão. A cada curso vendido, a loja digital fica com uma porcentagem do valor pago pelo turista. O site oferece filtros por categoria e data. A ideia é que o viajante agende suas aulas durante o período de férias.

Para Adriana, a plataforma permitirá que as pessoas aprendam mais sobre seus hobbies quando realmente têm tempo para isso. “Vivemos na correria e raramente temos a oportunidade de estudar o que gostamos por lazer”, diz a fundadora. “O turismo criativo é uma tendência no setor, mas as agências ainda não oferecem pacotes personalizados com base no que os turistas estão dispostos a aprender.” Até agora, 200.000 reais foram investidos no projeto.

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Viajante experiente, a empreendedora já conheceu mais de 40 países no mundo. A grande parte dos vinte cursos oferecidos na loja, inclusive, já foram testados por ela. Adriana explica a necessidade de critério na hora de fechar suas parcerias. “Já descartei aulas que considerei caras demais ou de pouca qualidade”, diz a empresária. Atualmente, a média de cursos comprados através da plataforma é de 30 por mês. O objetivo é fechar o ano vendendo 30 aulas por dia. Para isso, a Copa do Mundo será imprescindível. De acordo com Adriana, o Sabiar vai oferecer 200 cursos, em 30 cidades, até o final do ano. As sedes do Mundial são prioridade. “Nossas aulas são ministradas em inglês e português. Nosso plano é começar com força nas cidades-sede da Copa”, diz.

A divulgação do serviço também vai ganhar maior dimensão a partir deste mês. Para dar visibilidade ao site, Adriana está fechando parcerias com hotéis, embaixadas, comunidades de expatriados e agência de viagem. A ideia é oferecer os cursos tanto para brasileiros em férias pelo país como para estrangeiros que estejam de passagem pelo Brasil. Esse, no entanto, é só o primeiro passo. A expectativa é que, no futuro, a loja on-line ofereça pacotes personalizados (passagem e hotel) para os turistas com base no que eles desejam aprender sobre um determinado destino ou tema.

A “venda” de experiências turísticas não é novidade na internet. O Vayable, por exemplo, oferece passeios financiados de forma colaborativa e guiados por um local. O mesmo acontece com o alemão Gidsy, que tem entre seus investidores o ator Ashton Kutcher. A diferença do Sabiar para seus primos estrangeiros, no entanto, é o foco no aprendizado.

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