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‘Steve Jobs foi um revolucionário’

Autor de dois livros sobre o método de trabalho do pai da Apple, Carmine Gallo diz que o executivo reinventou não um, mas quatro setores da indústria

Por Sérgio Miranda
5 out 2011, 21h01

Atualmente, ninguém escreve tanto sobre Steve Jobs quanto Carmine Gallo. Especialista em treinamento de empresários e colunista da revista Businessweek, Gallo produziu dois livros (Faça como Steve Jobs e Inovação, A Arte de Steve Jobs) sobre o método de trabalho do ex-CEO da Apple, sempre tentando revelar as vantagens de seguir os passos de Jobs – e inovar no mundo dos negócios. Para Gallo, contudo, Jobs foi além da inovação. Foi um revolucionário. “Poucas pessoas conseguiram revolucionar uma indústria. Ele revolucionou quatro: computadores, telecomunicações, filmes e música”, diz o americano. Confira a seguir a entrevista que ele condeceu ao site de VEJA.

Qual foi a maior contribuição de Jobs para a Apple e para a indústria? Ele mudou totalmente o modo como interagimos com equipamentos digitais. Se não fosse por Jobs, ainda estaríamos digitando linhas de comando, em linguagem de máquina! Certo, estou exagerando, mas não muito. Poucas pessoas conseguiram revolucionar uma indústria. Ele revolucionou quatro: computadores, telecomunicações, filmes e música.

Qual é o legado de Jobs? Ele enriqueceu nossas vidas, seja você um usuário de Mac ou não.

Jobs é apenas carisma? Já ouvimos muitas histórias sobre seu estilo de gerência. Acredito que parte do seu carisma se devia à visão que ele tinha sobre os computadores e como eles iriam mudar o mundo.

O senhor acredita que o budismo influenciou o trabalho dele? O conceito de simplicidade que existe no budismo influenciou muito o modo como ele queria que seus dispositivos fossem construídos. Isso também impactou suas apresentações, diretas e minimalistas.

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O que fez dele um homem tão único? Seu extraordinário poder de comunicação. Em geral, líderes são confusos e chatos. Uma apresentação de Jobs era um evento teatral completo, com heróis e vilões, diversos personagens e slides primorosos.

Como será a Apple sem Jobs? No curto prazo, a empresa irá continuar a entregar novos e fantásticos produtos. Minha preocupação é com o futuro distante: quem vai liderar a companhia depois que as pessoas que tinham contato direto com Jobs também deixarem a Apple? A visão dele era central para tudo. Algumas empresas continuaram o legado de seus fundadores – a Disney é um bom exemplo -, mas poucas conseguem isso.

Sem Steve Jobs, a Apple pode enfrentar problemas com os investidores? Investidores não gostam de incertezas, e, sem Jobs no topo, a Apple pode encarar um futuro incerto. Eu acredito que a empresa está em ótimas mãos, mas os investidores só sabem pensar no curto prazo.

Qual sua avaliação sobre Tim Cook como CEO? Tim Cook é um insano – e isso é um elogio! Sua força e energia são lendárias. Assim como Jobs, Cook desafia incessantemente os empregados a fazer cada vez mais. Ele pode não ter a mesma “presença de palco” que Jobs tinha, mas é muito esperto, um grande comunicador, apaixonado pela Apple.

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