Snapchat recusa proposta de US$ 3 bi do Facebook
App permite troca de textos e fotos que se autodestroem em até dez segundos
O Snapchat, serviço de troca de mensagens que desparecem dez segundos depois do envio, recusou uma proposta de compra feita pelo Facebook no valor de 3 bilhões de dólares, informou o periódico econômico The Wall Street Journal nesta quarta-feira.
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A startup, fundada há apenas dois anos, está na mira de investidores e empresas do setor de tecnologia. O grupo chinês Tencent, focado em e-commerce e dono do WeChat, mostrou interesse em fazer aportes na companhia. Segundo pessoas próximas à negociação, o valor de mercado do Snapchat alcançaria a marca dos 4 bilhões de dólares com o investimento asiático.
O cofundador da startup, Evan Spiegel, de 23 anos, não está disposto a vender sua companhia e nem considera novos investimentos até o começo de 2014. Ele afirma que espera que o número de usuários do aplicativo cresça de forma substancial para justificar um valor de mercado ainda maior.
O app foi desenvolvido para dispositivos móveis e permite o compartilhamento de textos e fotos. O diferencial do software, no entanto, está no recurso que faz o conteúdo desaparecer até dez segundos depois de ser enviado para uma lista de amigos.
O Snapchat não possui faturamento, mas é muito popular entre adolescentes nos Estados Unidos. Segundo um estudo do instituto de pesquisa Pew Research Center, 9% de todos os usuários de smartphones no país usam o app. Ou seja: 26 milhões de pessoas trocam mensagens através do serviço.
No passado, o Facebook fez uma oferta à startup no valor de 1 bilhão de dólares. Nas últimas semanas, a rede social voltou a procurar o Snapchat para aumentar a proposta. Se a companhia não tivesse recusado os 3 bilhões de dólares, esta poderia ser a maior aquisição de Mark Zuckerberg desde a compra do Instagram, em 2012.