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Personagens de ‘Call of Duty’ aprendem português

Versão dublada chegará no próximo dia 13, com frases como "vou comer sua cabeça com farofa" e palavrões. Objetivo é adotar vozes de braileiros nos próximos games da série

Por Leo Pinheiro
1 nov 2012, 20h36

Os fãs brasileiros de jogos de tiro não perdem por esperar. Os personagens de Call of Duty aprenderam português, e a partir de 13 de novembro, quando chega ao Brasil ‘Call of Duty: Black Ops 2’, será possível ouvir frases como “Vou comer sua cabeça com farofa”, proferidas pela líder dos zumbis, Misty, na voz da atriz Cacau Melo, uma das dubladoras para a verão em português do game da Activision. A distribuidora norte-americana de jogos eletrônicos está decidida a conquistar ainda mais adeptos no país, e, a partir de agora, pretende fazer versões com dublagem de brasileiros para todas as futuras versões da série.

Cacau, mais acostumada à TV, não esperava que o texto para videogames pudesse ser tão coloquial. “Não fazia ideia da dimensão de liberdade de criação que os roteiristas e tradutores têm. Ainda mais sendo um jogo desse porte, que alcança milhões de fãs no mundo inteiro”, disse.

Para o veterano dublador Carlos Seidl (Harper) a maior surpresa foi poder falar palavrões durante a dublagem. “Nos filmes de tevê aberta, temos limitações, pois atingimos espectadores de todas as idades. Como o jogo é dirigido ao público maior de 18 anos, tive liberdade de gritar: ‘que m…’, em vez de ‘que droga’. Quem fala ‘que droga’ quando leva um tiro?”, pondera o ator.

Julio Monjardim, que interpretou o personagem Farid e também foi um dos responsáveis pela direção de dublagem, ressalta, porém, que todas as falas estão dentro do roteiro. “Evitamos os cacos (falas improvisadas). Em um filme um caco engraçado pode funcionar bem, porque você vai demorar a ouvir aquela fala de novo. Em um game você vai ouvir as mesmas falas todas as vezes que for jogar e em todas as mudanças de fases. Ficaria cansativo”, afirma Monjardim.

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A experiência do jogador na versão dublada promete ser divertida – ou até hilária, dependendo das situações. Na parte do jogo que se passa na década de 70, as gírias em inglês foram substituídas por expressões como ‘chuchu beleza’, ‘morô’, ‘sacou’, coisas faladas no Brasil naquele período.

Segundo Max Morais, gerente de marketing da Activision, outra preocupação dos produtores foi tornar o produto inteligível para todas as regiões do país, sem ruídos com o sotaque. “Indicamos profissionais que tivessem sotaque neutro”, explica. “O que buscamos com a dublagem é que o nosso jogador não tenha mais distrações com as legendas e se preocupe unicamente em apertar o gatilho. Assim, ele terá muito mais interação e imersão no jogo”.

O game em estilo FPS, first-person shooter (jogo de tiro em primeira pessoa, no qual o jogador controla um personagem livremente pelo cenário, carregando armas de fogo) que se passa em uma guerra global no ano de 2025, não é o único da Activision que foi traduzido para o Português-Brasileiro. Em 22 de novembro o jogo infantil Skylanders Giants – com classificação etária livre e público alvo de seis a 14 anos – também chegará às prateleiras em versão brasileira, adianta Morais.

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