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Os caminhos para conquistar uma vaga no Facebook

Recrutadora da companhia na AL revela ingredientes necessários para o tão sonhado emprego na rede: 'Queremos pessoas que não tenham medo de errar'

Por Rafael Sbarai
24 fev 2013, 10h42

Aos 34 anos, Carolina Verdelho terá uma missão considerada fundamental para o crescimento do Facebook na América Latina: recrutar os melhores profissionais do mercado para integrar times da companhia em três países – Argentina, México e Brasil. Desde agosto, a psicóloga, com especialização em gestão de pessoas, coordena o setor de contratação da companhia, que atualmente oferece treze vagas no imponente escritório de São Paulo. A seleção para fazer parte da equipe não é fácil: a concorrência para um posto de trabalho é de 400 candidatos por vaga – sete vezes a registrada no vestibular para medicina na Universidade de São Paulo (USP). Com mais de uma década de experiência em recrutamento em gigantes de tecnologia como Dell e Oracle, Carolina revela na entrevista a seguir quais são as qualidades imprescindíveis aos candidatos, como a capacidade de desenvolver várias tarefas simultaneamente. A psicóloga revela ainda que, como recrutadora, não leva em conta os perfis dos candidatos na rede social. “Não estamos interessados na opinião publicada em uma rede. A informação no currículo é mais importante”, diz.

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Como você descreve seu perfil no Facebook? Tenho 300 amigos, círculo apenas de pessoas que de fato fazem parte da minha vida. Não aceito conhecidos e zelo minha privacidade usando recursos que permitem que apenas meus amigos acompanharem minha rotina. Geralmente, faço a publicação diária de conteúdos pessoais. Além disso, uso o poderoso e utilíssimo mecanismo de lembrar datas de aniversário de todas as minhas amigas.

Como será seu trabalho no escritório do Facebook em São Paulo? Não usamos recursos externos, como parcerias com companhias de recrutamento: o processo de seleção é totalmente centralizado no Facebook. Hoje, o caminho de uma contratação é dividido entre entrevistas locais e em Menlo Park, na Califórnia, onde fica a matriz da empresa. Nos próximos meses, tudo será feito a partir do nosso QG de São Paulo. A expectativa é contratar mais duas pessoas para ajudar nessas tarefas até o fim do ano.

Quais são passos de seleção para o recrutamento de um funcionário? São três etapas, que duram em média três meses. A primeira envolve a análise de currículo – todos os requisitos devem estar descritos no modelo que é enviado ao Facebook, caso contrário, o candidato é eliminado. O inglês é essencial. A segunda fase baseia-se na troca de mensagens por e-mail e, posteriormente, por telefone. Como a concorrência é acirrada, o setor de recrutamento inicia o processo de comparação entre as pessoas. Em seguida, o candidato terá uma resposta – negativa ou positiva. Começa a terceira e última etapa, que pode ser feita até por telefone, já que o gestor pode residir nos Estados Unidos. Na maioria dos casos, no entanto, há um convite para visitar o próprio escritório da empresa, em São Paulo. Nessa fase, há a tradicional checagem de referências do candidatos com antigos empregadores.

Durante o recrutamento, você avalia perfis de candidatos nas redes sociais? Não. Não estamos interessados em opiniões ou demais conteúdos que ele tenha publicado. A informação no currículo é mais importante.

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Como funciona o sistema de recomendação entre funcionários da rede social? Há um processo interno na própria empresa que permite aos funcionários indicar pessoas para o Facebook. É um dos recursos mais efetivos de recrutamento. Caso o processo aconteça de fato, o funcionário pode receber um bônus financeiro pela indicação.

Quantos profissionais deverão ser recrutados no Brasil? Até o fim de 2013, o escritório brasileiro terá de 60 a 70 profissionais (atualmente, são 40 pessoas). Há treze vagas abertas, sendo que a maioria delas é relacionada à área comercial.

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