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Orkut guarda memória dos brasileiros nas redes sociais

Para muitos, serviço foi porta de acesso à internet e às redes

Por Rafael Sbarai
30 jun 2014, 15h05

Nesta segunda-feira, o Google enfim confirmou os rumores que já circulavam há anos: a morte da rede social Orkut. Criado há pouco mais de uma década, o serviço é encerrado muito em função da falta de interesse de seu proprietário. Seu fim é um marco para a internet brasileira, assim como foi sua aparição. Isso porque, para muitos, o serviço foi a porta de entrada para a web, no mínimo para as redes sociais. A história rica dos conteúdos publicados nas famosas, populosas e numerosas comunidades será preservada, contudo: o Google permitirá acesso aos usuários (entenda como conferir os conteúdos).

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Criada pelo engenheiro de software turco Orkut Büyükkökten em janeiro de 2004, o Orkut reúne boa parte da experiência digital vivida por usuários da internet brasileira entre 2004 e 2011. Nos infindáveis perfis e comunidades, é possível acompanhar, por exemplo, flertes, elogios, críticas, reclamações, dramas, ofensas etc. Quem esteve pór lá, certamente se lembra dos testimonials (depoimentos) recheados de elogios e declarações rasgadas.

Por isso, o Orkut foi um espelho poderoso do comportamento do usuário brasileiro – em especial, dos adolescentes, que representavam 60% do cadastrados. Naquele período, o serviço foi também uma das maiores redes do planeta, atrás apenas do MySpace. Para se manter na dianteira, contudo, era necessário inovar. Então, faltou atenção da nave-mãe. A partir de 2011, o Google desviou todas as suas energias destinadas a produtos sociais para o Google+. A mudança foi fundamental para o abandono e derrocada do Orkut.

O Orkut não era prioridade da empresa. Talvez nunca tenha sido. Em dezembro de 2011, um mês após o lançamento do Google+, o Orkut perdeu a preferência do usuários brasileiro para o Facebook, que havia desembarcado havia pouco no país com estratégias agressivas – tirando, por exemplo, os principais executivos do Google. O investimento representativo de Mark Zuckerberg acabou com a hegemonia de quase uma década. O Orkut nunca mais voltaria a ser o serviço escolhido por brasileiros para partilhar ideias e sentimentos.

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De lá para cá, o Google+ se tornou projeto prioritário no QG da empresa, em Mountain View. Em maio de 2012, veio o beijo da morte: o Google anunciou a integração entre Orkut e Google+, autorizando usuários a publicar conteúdos simultaneamente nas duas redes. Assim, a rede respirava por aparelhos, até surgir, nesta segunda-feira, a notícia oficial do desligamento dos aparelhos. O Orkut vai, mas a pedra mais preciosa da rede fica: a história dos primeiros passos de usuários brasileiros em redes sociais, detalhados nas comunidades.

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<p>Usuários lamentam o fim da primeira rede social que bombou no Brasil – e destacam o que deixará saudades</p><div class="ads post-ads"><span class="title" style="display:block">Continua após a publicidade</span><div id="abrAD_rectangle2" class="abrAD" data-ad-sizes="300×250"></div></div>
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