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No mercado de games, o bom pode ser de graça

Modalidade dos jogos 'free-to-play' se firma como tendência no segmento

Por Renata Honorato
17 nov 2012, 07h42

O velho ditado diz que “de cavalo dado não se olha o dente”. Os jogos free-to-play, modalidade que cresce no mercado, parecem desacreditar a opinião de que produtos gratuitos não podem ser bons. Para jogar esses títulos, disponíveis em diversas plataformas, não é necessário colocar a mão no bolso – ao menos até se ter certeza de que o título merece investimento extra.

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O modelo free-to-play sempre esteve presente nos jogos massivos (MMO), conhecidos por sua imersão em larga escala e interação em tempo real. Na Ásia, de onde sai a maior parte dos títulos, a modalidade se mostrou rentável já no início dos anos 2000 e não demorou para que o modelo fosse adaptado para os jogos casuais e, mais tarde, aos aplicativos e games sociais.

Na modalidade free-to-play o usuário não paga para jogar. Ele faz o download do título gratuitamente e só usa o cartão de crédito quando tiver interesse em adquirir um novo item que incremente a experiência da partida. O jogador tem, portanto, a opção de investir ou não no passatempo.

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À primeira vista, a ideia não parece ser sustentável, mas os números comprovam o contrário. Segundo a Gameloft, desenvolvedora francesa de jogos para celular e uma das maiores distribuidoras do mundo, mais de 50% dos 45 milhões de euros (118 milhões de reais) registrados em vendas no primeiro trimestre deste ano vieram de micropagamentos (compras dentro dos jogos) e publicidade.

Um dos títulos da companhia, o Era do Gelo: Vilarejo, baseado na animação homônima, atingiu a marca de 5 milhões de downloads, provou ser rentável e fez com que a empresa apostasse em novos games do gênero, como MIB 3 – Homens de Preto, My Little Pony e Littlest Pet Shop – os dois últimos, fruto de uma parceria da Hasbro com a Gameloft.

Para Paulo Fernandes, diretor geral da Riot Games no Brasil, desenvolvedora do fenômeno League of Legends, cuja base de jogadores mensais ativos é de 32 milhões em todo o mundo, 90% de todos os games do mercado serão free-to-play em dez anos. “Esse é um modelo democrático, que permite ao usuário testar um produto sem grandes barreiras e sem desembolsar um centavo”, diz o executivo.

É importante, contudo, que a qualidade do título seja inquestionável para que o resultado financeiro atenda às expectativas. “Com uma boa experiência, o jogador vai convidar amigos e isso aumenta a nossa capacidade de viralização. Nesse ecossistema o jogador vai investir no game sem se lamentar”, explica Fernandes.

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Não há dúvidas de que os jogadores realmente estão colocando dinheiro nos games free-to-play. Segundo o executivo da Riot, o modelo é um sucesso no exterior e arrecada mais do que outras modalidades do setor, como compra integral de um jogo ou assinatura. Na Alemanha, gasta-se em média 90 dólares por mês como os títulos free-to-play; nos Estados Unidos, 50 dólares. Ainda de acordo com Fernandes, no caso do League of Legends, a média mensal global supera a marca dos 35 dólares.

De olho no segmento que não para de crescer, companhias tradicionais, como a Electronic Arts, começaram a se movimentar. A EA lançou o serviço Play4Free, que transpõe para o universo free-to-play títulos que já fazem sucesso nos PCs e nos consoles, como BattleField, Command & Conquer, Need for Speed, entre outros.

Segundo o sueco Thomas Rosander, diretor de engajamento e business intelligence da Electronic Arts, o Brasil está entre as prioridades da companhia para o segmento dos jogos gratuitos. “O mundo está indo nessa direção, e o Brasil parece estar mais preparado para essa mudança”, diz o executivo. “O brasileiro gosta muito do que é de graça, porque para ele é importante experimentar”, completa.

O país é o segundo mercado free-to-play do mundo, atrás apenas dos Estados Unidos. É a região, contudo, que mais cresce proporcionalmente. De acordo com Rosander, no último ano esse setor registrou uma aceleração de 300%.

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Confira a seguir cinco games gratuitos para jogadores hardcore e casuais:

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