Netflix começa a operar em Cuba – mas e a internet?
Serviço de filmes e séries por streaming já pode ser adquirido, mas número limitado de casas com internet banda larga ainda dificulta disseminação
O Netflix anunciou na tarde desta segunda-feira que os cubanos com acesso à internet banda larga e cartões de crédito internacionais já podem assinar o seu serviço de distribuição de filmes e séries online. Com a iniciativa, a empresa se torna uma das pioneiras a aproveitar a aproximação diplomática entre Cuba e Estados Unidos, anunciada em dezembro de 2014 e que ainda caminha a passos lentos, depois de 50 anos de relações congeladas.
Ao comunicar a chegada do Netflix a Cuba, o cofundador e CEO do site Reed Hashtings lembrou dos cineastas, da qualidade da arte e da cultura robusta do país como motivadores para a ação. “Estamos muito felizes por podermos oferecer o Netflix para o povo cubano, conectando-os com histórias de todo o mundo”, disse. O preço mínimo da assinatura mensal será de 7,99 dólares, mesmo valor dos EUA.
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O anúncio, porém, tem um caráter sobretudo simbólico dado o pouco acesso atual dos cubanos à internet banda larga. A rede é muito limitada no país caribenho e as conexões privadas são rigidamente reguladas pelo Estado, alcançando apenas 4,3% das casas cubanas, segundo a União Internacional de Telecomunicações.
Mesmo com as limitações, Cuba se torna o oitavo país latino-americano com acesso ao serviço de entretenimento. Desde 2011 o Netflix está disponível no Brasil, Argentina, Chile, Colômbia, México, Paraguai e Uruguai. O serviço possui mais de 57 milhões de assinantes em mais de 50 países.
(Com agências EFE e France-Presse)