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Negociação entre Google e Verizon pode definir prioridade de acesso à internet

Por The New York Times
5 ago 2010, 11h56

Google e Verizon, dois grandes jogadores em serviços e conteúdo de internet, estão próximos de um acordo que permitirá à Verizon aumentar a velocidade de alguns conteúdos on-line – se os criadores desses conteúdos estiverem dispostos a pagar pelo privilégio, é claro.

Os valores seriam pagos pelas empresas, como o YouTube, do Google, por exemplo, à Verizon, uma dos maiores provedores de serviços de internet dos Estados Unidos, para garantir que esses conteúdos recebam prioridade para chegar mais rápido aos consumidores. O acordo poderá aumentar os preços para os usuários de internet.

O acordo pode derrubar um dogma sagrado da internet conhecido como “neutralidade da rede”, pelo qual nenhum conteúdo pode levar vantagem sobre outro. Caso o acordo saia, os consumidores estarão diante de um novo sistema na web, como o da TV a cabo, que oferece níveis superiores de serviço a um custo mais elevado.

Qualquer acordo entre Google e Verizon também poderia derrubar os esforços da Comissão Federal de Comunicações dos Estados Unidos (FCC, na sigla em inglês) para afirmar sua autoridade sobre os serviços de banda larga. Em abril, uma corte de apelações restringiu a atuação do órgão ao determinar que a FCC não pode exigir que provedores de serviço de internet se abstenham de bloquear ou retardar conteúdos ou aplicativos, ou até mesmo favorecer terceiros.

A FCC já procura outra forma de aplicar o conceito de neutralidade da rede. Mas suas propostas receberam oposição no Congresso, e também entre prestadores de serviços, empresas de cabo e alguns produtores de conteúdo para a internet.

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Pessoas que acompanham as negociações disseram que o acordo deverá ser apresentado na próxima semana. Se concluído, o Google, cujo sistema operacional Android é usado em muitos celulares da Verizon, poderia concordar em não contestar a capacidade da Verizon de gerenciar sua rede de banda larga da forma que quiser.

A perspectiva do acordo Google-Verizon enfureceu muitos defensores dos consumidores, que sentem que a medida pode concentrar em mãos de poucas empresas o controle do que até agora tem sido um sistema livre e aberto, no qual os consumidores decidem quais empresas devem ser bem-sucedidas.

“A questão da neutralidade da rede é prevenir que grandes empresas dividam a internet entre si”, disse Gigi Sohn, presidente e fundadora da Public Knowledge, um grupo de defesa dos consumidores. “O futuro da internet é um assunto grande demais para ser decidido pelas negociações de duas empresas, mesmo que sejam tão grandes quanto a Verizon e o Google.”

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