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“Não prestamos atenção na concorrência”, diz CEO da Nintendo of America sobre PlayStation 4 e Xbox One

Para o executivo, o mais importante é focar no desenvolvimento de games que proporcionem uma nova experiência aos jogadores

Por Renata Honorato, de Los Angeles
15 jun 2013, 13h07

O PlayStation 4 e o Xbox One, da Sony e Microsoft, respectivamente, não assustam a Nintendo. Pelo menos é o que garante Reggie Fils-Aime, presidente da Nintendo of America, em entrevista exclusiva ao site de VEJA. Para o executivo, o segredo do sucesso no setor está nos jogos e não no aparelho. “Em nossa visão, o software é muito mais importante do que o hardware”, diz. Fils-Aime afirma ainda que o Wii U, o console da nova geração da companhia, lançado em novembro do ano passado, chegará ao Brasil até o final deste ano. Confira a entrevista a seguir:

O senhor disse durante o showcase da Nintendo que o importante é sentir o jogo. O que isso quer dizer? Quando a Nintendo fala sobre as novas experiências de sentir um game, isso quer dizer que a empresa quer levar para os consumidores diferentes tipos de jogabilidade. Ou seja: coisas que façam as pessoas sorrirem, que engajem as famílias e os jogadores de diferentes formas. Temos feito isso em franquias como a do Mario, Pikimin e Wii Fit. Lançaremos, inclusive, neste segundo semestre, um novo Wii Fit. Então quando falamos sobre como os jogadores podem sentir o jogo, na verdade estamos falando sobre os títulos que lançaremos neste ano para Wii U e Nintendo 3DS.

Então o senhor quer dizer que nesta nova geração o software é mais importante que o hardware? Em nossa visão, o software é mais importante do que o hardware. As pessoas adoram comentar sobre as capacidades técnicas de um sistema e sobre as tecnologias utilizadas em um determinado hardware. No final, os jogadores compram a máquina e em seguida os jogos. É por isso que quanto mais felizes estão as pessoas com os nossos títulos, mais criativos serão nossos novos games. A Nintendo tem feito um bom trabalho ao entregar uma nova experiência.

Esse é um momento importante para a indústria de games, afinal o mercado está às vésperas de ganhar dois novos consoles da oitava geração. O que o senhor está achando dos novos concorrentes? A Nintendo sabe o que as outras empresas estão fazendo, mas realmente não prestamos muita atenção nessas coisas. E a razão para isso é que nosso foco está em desenvolver os melhores jogos que podemos criar. Estamos focados em alcançar o máximo de jogadores possíveis e por isso é sempre importante falar sobre o que estamos fazendo. É o caso, por exemplo, da nova jogabilidade de Donkey Kong. Nossa preocupação é como podemos oferecer novos tipos de interação no Nintendo 3DS. Essas são as coisas com as quais realmente nos preocupamos. Olhamos para os concorrentes a partir de uma perspectiva de negócios apenas para fazer dos nossos projetos produtos ainda melhores.

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Qual é o próximo passo para o Wii U? Nosso próximo passo para o Wii U é oferecer aos jogadores games maravilhosos. É permitir que os consumidores tenham uma ótima experiências a partir dos nossos produtos. Para o Brasil, nossa meta é levar o Wii U para o mercado local. E faremos isso até o final do ano.

Por que a Nintendo desistiu de organizar uma coletiva na E3? Quando as empresas organizam essas conferências, os jornalistas ficam sentados por uma hora ou mais vendo ótimas imagens, mas não jogando os games. Nós acreditamos nos nossos jogos e sabemos o quanto nossos desenvolvedores são apaixonados. E foi por isso que criamos um ambiente no qual pudéssemos interagir diretamente como a mídia, falando aos jornalistas sobre nossos títulos. E foi por isso que decidimos mudar o formato do nosso evento neste ano.

A Nintendo acredita que os desenvolvedores são os melhores porta-vozes para falar dos jogos? Certamente. Os desenvolvedores são quem mais entendem dos jogos. Eles sabem todos os pequenos segredos. A ideia de colocá-los em contato com o público foi justamente permitir que eles mesmos contem as histórias de seus títulos. Felizmente, temos os melhores game designers do mercado e por isso é importante dar espaço para que eles apareçam.

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Qual foi o retorno da imprensa? Esse novo formato foi aceito? O feedback foi muito positivo. Os jornalistas puderam jogar os games. Os fãs também gostaram no novo formato, que permitiu aos desenvolvedores divulgar mais detalhes sobre o jogo.

Como a Nintendo pretende competir com os smartphones e tablets, plataformas cada vez mais populares no mercado? É muito fácil para a Nintendo competir com essas novas plataformas. Temos Mario, Zelda e Donkey Kong do nosso lado. Competimos com as nossas melhores franquias. Esses títulos não estão disponíveis para esses dispositivos móveis e a experiência que oferecemos não pode ser reproduzida em tablets e smartphones. Essa é a razão pela qual temos apostado cada vez mais em novas tecnologias.

Quais os planos da Nintendo para o Brasil em 2013? Vamos continuar nossos negócios na área de Nintendo 3DS no Brasil, onde as vendas de portáteis e jogos estão indo bem. Também vamos nos esforçar para levar o Wii ao país até o final do ano. Estamos trabalhando duro para fazer isso acontecer a tempo e realmente queremos aumentar a nossa presença no país. Temos muitos fãs apaixonados na região e achamos que essa será uma ótima oportunidade para a Nintendo.

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