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Mulheres ultrapassam os homens na posse de celulares

Segundo levantamento do IBGE, 69,5% das brasileiras tinham o telefone em 2011. Pela 1ª vez, consumidoras lideram a posse de aparelhos móveis no Brasil

Por Pollyane Lima e Silva
16 Maio 2013, 12h01

A popularização do celular no Brasil se comprova nos novos números da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) divulgados nesta quinta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Segundo o levantamento, de 2011, 115,4 milhões de pessoas de 10 anos ou mais de idade possuem o aparelho, o que representa 69,1% da população nessa faixa etária – que cresceu apenas 9,7% no período. Em 2005, eram 55,7 milhões de usuários de celular, ou 36,6% do total, um crescimento de 107,2% ao longo dos seis anos.

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De acordo com Cimar Azeredo, coordenador de Trabalho e Rendimento do IBGE, o índice poderia ser ainda maior não fossem duas restrições mantidas pela população: a dos pais em liberar o aparelho aos filhos mais novos, e a dos idosos em se adaptar a novas tecnologias. Por isso, a maior concentração de usuários ainda é observada na faixa dos 20 aos 44 anos – onde os porcentuais ficam em torno de 80%. “É onde está a força de trabalho do país, para quem o celular muitas vezes está diretamente ligado ao emprego”, destaca.

Com o avanço no mercado de trabalho nos últimos anos, são as mulheres que se destacam nesse ponto do estudo. Pela primeira vez na série histórica do IBGE, elas ultrapassaram os homens na posse de aparelhos para uso pessoal: 69,5%, ante 68,7%. Seis anos antes, apenas 35,2% delas e 38% deles tinham celular. “Esses dados mostram que o crescimento da posse de telefone móvel na população feminina foi maior até que o registrado para o total da população”, enfatiza a Pnad.

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Iana Santiago Guimarães se encaixa nesse perfil. Aos 22 anos, a estudante de Medicina do Rio de Janeiro vive grudada no celular, que usa tanto para trocar mensagens com as amigas quanto para registrar algum livro ou qualquer anotação que considere relevante. Ligações é o que menos faz, é verdade. Por isso, está sempre em busca do que for mais moderno, o que a leva a trocar de aparelho com bastante frequência. No último ano, teve três. “Ganhei meu primeiro aos 12 anos. Estudava em período integral e meus pais queriam ter controle do que eu fazia na hora do almoço, por exemplo. Desde então, fiquei viciada”, conta a jovem.

Os aparelhos que considera ultrapassados são herdados pela mãe. Mas quando você liga para o celular de Rosana Bulos Santiago, de 51 anos, ela pede imediatamente para usar o fixo. Diz que telefone móvel é para assuntos pontuais, um contato rápido com a família ou em caso de emergência. Nem pensa em trocar o plano pré-pago, por exemplo.

Consumidoras – Mãe e filha se encontram no grupo de consumo que as operadoras de celular veem crescer intensamente. As mulheres não só estão em maior número no que diz respeito à aquisição de aparelhos, como também são muito mais exigentes do que os homens nesse quesito, analisa Eduardo Aspesi, diretor de Segmentos Varejo da Oi. “A atitude na hora de comprar é diferente. A mulher compara, testa, quer conhecer o produto. O homem, em geral, vai direto no que quer, é mais imediatista. Podemos dizer que o consumo de celular é um reflexo do comportamento do país.”

Na análise por região, observa-se uma diferença maior entre homens e mulheres no Norte e Nordeste, de 4,3 e 3,9 pontos porcentuais respectivamente. No geral, foram também essas as populações que apresentaram aumento mais significativo na posse de celulares: 174,3% no Nordeste e 166,7% no Norte de 2005 para 2011 – somadas, mais de 22 milhões de pessoas passaram a ter telefones móveis nas duas localidades. Nas demais regiões, o crescimento ficou abaixo de 90%, apesar do Centro-Oeste, Sudeste e Sul ainda concentrarem o maior porcentual de usuários (78,7%, 73,8% e 73,3%).

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