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Microsoft apresenta Windows 8 para teste público

Novo sistema exige menor capacidade de processamento e foi projetado para rodar tanto em computadores como em tablets e smartphones

Por Da Redação
29 fev 2012, 10h54

A Microsoft apresentou nesta quarta-feira a primeira versão aberta de testes do Windows 8, novo sistema operacional da empresa. Desenvolvedores e o público em geral poderão testá-lo. O novo sistema é enxuto – exige menor capacidade de processamento do que seus predecessores Windows 7 e Vista. A empresa predente fazer com que ele rode tanto em desktops e laptops quanto em smartphones e tablets. Com isso, a Microsoft espera restaurar a supremacia no segmento, que vem sendo arranhada.

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O Windows 8 é primeiro sistema operacional da companhia compatível com os microprocessadores de menor consumo de energia projetados pela ARM Holdings. “O sistema operacional começou a ser visto, em larga medida, como irrelevante”, disse Sid Parakh, analista da administradora de fundos McAdams Wright Ragen, que detém ações da Microsoft. “Nesse lançamento, terá de provar novamente sua relevância.”

Tablets, smartphones e computação em nuvem tornaram a visão de Bill Gates – “um computador em cada mesa e em cada casa” – uma ideia antiquada, enquanto Apple, Google e Amazon ditam a atual agenda para o setor de computação. “O grande incremento é que será viável para a plataforma ARM, permitindo uso no formato tablet. Isso dá importância ao lançamento”, disse Dan Hanson, administrador de carteiras da BlackRock, que controla 5% das ações da Microsoft em seus diversos fundos. “A Microsoft identificou corretamente a relevância do formato tablet há mais de uma década. O novo sistema operacional pode permitir que, enfim, coloque suas ideias em prática”, disse.

Versões – O Windows 8 terá duas versões principais: uma que funciona com os chips tradicionais, da linhagem x86 – fabricados pela Intel para computadores pessoais e laptops -, e uma nova versão para microprocessadores ARM, que se tornaram o padrão para tablets, smartphones e outros aparelhos portáteis. A Microsoft afirmou que planeja levar ao mercado, ao mesmo tempo, máquinas acionadas pelas versões ARM e Intel, mas ainda não definiu uma data.

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Em ambas as versões, o Windows 8 apresenta uma interface completamente nova, semelhante ao lay-out chamada Metro, da versão mais recente do Windows Phone. A interface possui blocos que podem ser movimentados na tela e configurados para acionar aplicativos diretamente.

Os blocos se atualizam em tempo real e, com isso, o usuário poderá verificar de imediato seus e-mails, mensagens de voz e notificações do Facebook. Se os usuários de PCs e laptops não apreciarem o novo formato, podem voltar ao estilo antigo com um simples comando de mouse.

A chave para qualquer sistema operacional – seja o Apple iOS usado nos iPhones e iPads, o Google Android usado em smartphones ou o Windows – é atrair a adesão dos programadores que criam aplicativos. Quanto a isso, o Windows 8 está começando bem. “O maior obstáculo de nossos projetistas é tentar acatar o espírito dos usuários do Metro”, disse Paul Murphy, diretor de desenvolvimento de negócios da Aviary, produtora de uma ferramenta fotográfica que pode ser integrada a aplicativos iOS e Android. “Isso era um desafio, e continua sendo, mas acredito que depois de uns dois meses de experiência eles começarão a gostar da ideia e apreciem a simplicidade do design.”

Lucro – Mesmo que o Windows 8 obtenha imensa popularidade, ele ainda pode ser menos lucrativo para a Microsoft do que seus predecessores. O motivo é simples: a companhia não poderá cobrar tanto por software para um tablet de 400 dólares quanto cobrava pelo sistema que acompanhava um computador pessoal de 1.500 dólares. O preço médio do Windows para computadores pessoais é de cerca de 80 dólares hoje, mas no caso dos tablets deve chegar à metade desse valor, segundo analistas da Sanford C Bernstein.

Wall Street antecipa alta nas vendas do Windows por pelo menos 12 meses a partir do lançamento, considerando a intensa demanda por tablets, mas não prevê uma disparada semelhante à do Windows 7. Analistas estimam que o lucro por ação da Microsoft suba 12% nos dois próximos anos fiscais, o que supera a projeção de crescimento zero para este ano, em função da estagnação nas vendas de computadores.

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“Os próximos quatro a seis trimestres serão extremamente importantes para a Microsoft”, disse Parakh. “Eles precisam provar que têm um produto competitivo não só para computadores pessoais e laptops, mas para tablets e até celulares. Essa é a oportunidade deles”.

(Com agência Reuters)

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