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iPad Mini mantém qualidade Apple. Por isso, não trai Jobs

Rejeitado pelo criador da companhia, tablet de 7,9 polegadas oferece bom desempenho e conforto ao usuário. Vai rivalizar com Google e Amazon

Por James Della Valle, de San Jose
23 out 2012, 18h53

Nesta terça-feira, a Apple apresentou em San Jose, na Califórnia, o iPad mini, seu novo tablet com tela de 7,9 polegadas. Em conjunto com o iPhone 5, lançado em setembro, o dispositivo marca o fim de uma era para a companhia. Os dois lançamentos mostram que o CEO Tim Cook está mais flexível, disposto a competir com produtos que fogem dos padrões estabelecidos pelo seu antecessor, o gênio Steve Jobs, que chegou a dizer que nunca faria uma versão menor de seu tablet (de 9,7 polegadas). Cook venceu a briga e pode estar certo. Segurar o iPad mini não desperta a sensação de que um ideal foi traído. Ao contrário. Ao mesmo tempo, a companhia manteve seu padrão de qualidade e deu um passo importante para se manter competitiva no mercado, atacando o nicho dos dispositivos com 7 ou 8 polegadas.

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O iPad mini tem apenas 7,2 milímetros de espessura, o que o deixa 23% mais fino do que seu irmão mais velho, o Novo iPad. Ele pesa 308 gramas, uma redução de 53% em relação ao tablet maior, com 660 gramas. Nas mãos, ele é bem leve e confortável, sensação ampliada pela textura da parte traseira do aparelho. Isso favorece a leitura de livros eletrônicos, navegação na web e a visualização de vídeos. É possível manusear o aparelho com apenas uma mão, sem sofrer com dores ou cansaço no braço.

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A tela de 7,9 polegadas é um pouco maior do que a de seus rivais diretos. Além disso, a Apple reduziu o tamanho das bordas do dispositivo, aproveitando melhor os espaços. O resultado foi um aparelho com dimensão simular à dos tablets existentes no mercado, com 7 polegadas, em geral.

Apesar de ter uma resolução de 1.024 por 768 pixels, a densidade da tela não é tão alta quanto o esperado. São 163 pixels por polegada (ppi), contra os 216 ppi do Nexus 7, do Google. Isso deve ser aprimorado nas próximas versões, já que a companhia conseguiu valores maiores em telas do iPhone e do próprio iPad. De qualquer forma, as imagens são bem nítidas e oferecem uma experiência de consumo de conteúdo satisfatória.

Em relação à capacidade de processamento, o dispositivo tem um déficit de potência se comparado a sua versão maior. Ele traz um processador de A5 de dois núcleos (o mesmo utilizado no iPad 2), enquanto o iPad de quarta geração, também apresentado nesta terça-feira, tem o chip de dois núcleos do A6X, 20% mais rápido. Mesmo assim, o desempenho para rodar jogos 3D avançados e aplicativos surpreendeu. Durante o curto período de testes proporcionado pela Apple nesta tarde, o iPad mini se mostrou consideravelmente rápido.

iPad Mini
iPad Mini (VEJA)
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O aparelho tem câmera frontal de 1,2 megapixel capaz de fazer vídeos de alta definição. A câmera traseira, de 5 megapixels, conta com recurso de reconhecimento facial. Suas especificações são exatamente iguais às do modelo de 9,7 polegadas, o que mostra que a Apple priorizou o recurso.

Como sempre, a Apple preparou seis versões do novo aparelho: 16, 32 e 64 GB com modelos Wi-Fi e Wi-Fi + 4G (compatíveis com redes 3G). O modelo mais barato, com 16 GB e Wi-Fi, chega às lojas no próximo dia 2 de novembro por 329 dólares. Já o de 64 GB com antena 4G custará 659 dólares.

O iPad mini é um ótimo tablet, que desempenha com estabilidade e precisão suas tarefas. Talvez ele não seja capaz de rodar os jogos mais avançados sem “engasgar”, mas certamente exerce a contento o papel de ferramenta de consumo de conteúdo. Seu formato favorece a leitura de livros digitais, o que, até agora, era um mercado explorado quase que com exclusividade pela rival Amazon, com o Kindle. Se for um sucesso, podemos esperar uma versão mais avançada, talvez com maior capacidade de processamento e o sistema Retina Display, o que deve melhorar a qualidade das imagens.

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