Prefeito diz que vai regular Uber em São Paulo em dez dias
Fernando Haddad disse em Paris que quer preservar o direito dos taxistas sem se fechar à tecnologia
O prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT), anunciou na quinta-feira, em Paris, que em até dez dias vai regulamentar o funcionamento de serviços de motoristas privados como o Uber na capital. Falando a uma plateia de estudantes no Instituto de Estudos Políticos (SciencesPo), de Paris, o prefeito indicou que o funcionamento do Uber não será banido, mas vai operar com modificações impostas pelo Executivo municipal.
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O prefeito não quer que o serviço concorra diretamente com os mais de 30.000 táxis em São Paulo, mas também não quer desprezar a evolução tecnológica e a qualidade do serviço oferecida por empresas como o Uber. No último dia 9, a Câmara Municipal aprovou o projeto de lei 349/2014, de autoria do vereador Adilson Amadeu (PTB), que proíbe o uso de carros particulares cadastrados em aplicativos de transporte remunerados – como o Uber. Mas o texto também abre brecha para a ação do Executivo, deixando a cargo da Prefeitura aprimorar a legislação.
“Estamos estudando os modelos no mundo e encontrando soluções muito inovadoras, que preservam o direito dos taxistas, mantêm a regulação do Estado, mas não se fecham à tecnologia, que é a qualidade do serviço”, afirmou Haddad. “Nós devemos anunciar isso outra segunda-feira (dia 5 de outubro).”
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Questionado sobre quais cidades servirão de exemplo para São Paulo, Haddad disse que Nova York encontrou uma boa solução para o impasse entre motoristas privados, clientes e taxistas. “Uma parte do que Nova York está pensando em fazer é o que nós estamos imaginando.”
Haddad afirmou que usará não só a lei aprovada na Câmara, mas todo o arsenal jurídico federal e municipal sobre mobilidade urbana para arbitrar sobre o assunto. “Vamos usar toda a legislação que está disponível.”
(Com Estadão Conteúdo)