Família de Nissim Ourfali processa Google por vídeo no YouTube
Pais querem indenização de 30.000 reais por danos causados à imagem do adolescente
A família do jovem Nissim Ourfali, protagonista de um dos “memes” mais populares do país, entrou com uma ação judicial contra o Google Brasil. Segundo as informações do processo 583.00.2012.192672-8, registrado no último dia 19 de setembro no Fórum Central Civel João Mendes Júnior, em São Paulo, os pais do adolescente pedem uma indenização de 30.000 reais por danos morais causados pela publicação de um vídeo no site YouTube – de propriedade da companhia de buscas.
Ourfali alcançou a fama na internet após a viralização de um vídeo que convidava parentes e amigos para o seu Bar Mitzvah. No clipe, a família aparece celebrando os hobbies do garoto, como basquete, assistir ao seriado Big Bang Theory e, o favorito, ir para a praia da Baleia, no litoral de São Paulo. Uma versão adaptada do hit What Makes You Beautiful, do grupo One Direction, o convite de Nissim caiu na web no dia 17 de agosto e, em menos de uma semana, alcançou a incrível marca de 1 milhão de visualizações no YouTube.
No último dia 24 de setembro, a corte emitiu um parecer sobre o caso, que ainda está sob análise. De acordo com o documento, o conteúdo foi publicado sem a devida observação dos controles de privacidade, o que teria facilitado sua propagação na rede. “O vídeo de que participa o autor foi postado espontaneamente em site público de compartilhamento de vídeos, não sendo o modo ‘privado’ óbice para que todos quantos tenham conta no referido site o acessem”, aponta o documento. “Frente a isso, é duvidosa a possibilidade técnica de retirada da internet de todos os caminhos de acesso que a essa altura se estabeleceram ao vídeo em questão, sendo certo que disseminação descontrolada de conteúdo é característica da internet (da qual, talvez pela novidade ainda de sua existência, boa parte dos usuários não tem consciência).”
Procurado pela reportagem, o Google Brasil, através de sua assessoria de imprensa, declarou que não irá comentar casos específicos.
(Com Exame.com)