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Facebook caminha para maior IPO de tecnologia

Rede social deve apresentar nesta quarta-feira documentação para lançar papéis na bolsa. Valor da companhia pode chegar a US$ 100 bilhões

Por Renata Honorato
1 fev 2012, 09h40

O Facebook deve entregar nesta quarta-feira à US Securities and Exchange Commission (SEC), órgão regulador do mercado financeiro americano, os documentos que comprovam a transparência da companhia para a oferta pública de ações na bolsa (IPO). A rede social, fundada em 2004, espera arrecadar entre 5 bilhões e 10 bilhões de dólares, valor superior às recentes aberturas de capital no setor de tecnologia, que levantaram entre 230 milhões e 1 bilhão de dólares. (Confira no quadro abaixo)

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Se a projeção se confirmar, o Facebook passará a valer no mercado entre 75 bilhões e 100 bilhões de dólares, ofuscando a estreia do Google, em 2004: no primeiro dia de oferta de papéis aos investidores, o gigante das buscas arrecadou 1,7 bilhão. Esta deverá ser, portanto, a maior IPO da web da história.

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A arrecadação inicial do Facebook é projetada com base no número de papéis oferecidos na estreia da companhia na bolsa. Logo, ela representa apenas a fatia que o site pretende disponibilizar no mercado e, consequentemente, uma pequena percentagem de seu valor real.

Divulgação
Divulgação (VEJA)

O banco de investimentos Morgan Stanley é quem deve gerenciar a oferta. A escolha não ocorre à toa. O banco esteve envolvido na abertura de capital de duas outras grandes empresas de internet no último ano: Groupon e Zynga. Coincidência ou não, ambas também brigaram, sem sucesso, pelo posto de maior IPO do setor.

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A entrada do Facebook na bolsa é o acontecimento mais esperado do ano e está sendo acompanhada por analistas de todo o mundo. Embora o registro dos documentos na SEC esteja prevista para esta quarta-feira, o processo só deve ser finalizado nos próximos meses, já que envolve a análise de uma operação complexa, que precisa estar de acordo com as práticas de mercado e com a legislação americana. Ao longo deste período, a empresa permanece reclusa, proibida de divulgar dados internos ou conversar com a imprensa.

Na prática, a IPO muda muita coisa no Facebook. Segundo Fernando Belfort, analista da consultoria americana Frost & Sullivan, a oferta de ações ao mercado traz mais responsabilidade ao fundador da rede, Mark Zuckerberg, que terá de mudar sua postura diante da opinião pública. “Tudo o que Zuckerberg falar pode influenciar no valor da empresa. Como ele é muito jovem, a companhia terá de melhorar a sua comunicação”, explica. A estratégia da rede social também terá de ser repensada, conforme afirma Belfort. “O Facebook é uma empresa flexível que ainda tem cara de startup, mas isso deve mudar. A partir do IPO, ela terá de avaliar melhor cada nova implementação e cada mudança em sua plataforma, afinal qualquer deslize representará queda em suas ações.”

O analista reforça, contudo, que a futura cautela não será empecilho para o site. “O Facebook não foi acometido pela ansiedade de fazer seu IPO prematuramente e utilizou os últimos anos para se estruturar. Ele cresceu e conseguiu chamar a atenção de muitos investidores mesmo sem ter capital aberto”, diz.

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A grande expectativa acerca da rede é uma resposta aos números nada modestos do Facebook. O site fechou o ano de 2011 com uma receita publicitária de 3,8 bilhões de dólares, segundo a EMarketer, empresa de análise de tendências em marketing digital e mídia, e com mais de 800 milhões de cadastrados em todo o mundo. De acordo com Belfort, os maiores ativos da companhia estão na gigantesca base dados, responsável direta pela positiva projeção do mercado. Embora a publicidade seja sua maior fonte de receita atualmente, são os usuários – e suas informações – a maior joia da rede de Zuckerberg.

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