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Facebook adota novas regras para estudos com usuários

Mudança é resultado da repercussão negativa de experimento "secreto" realizado com 600.000 pessoas

Por Da Redação
2 out 2014, 19h41

O Facebook anunciou nesta quinta-feira que vai adotar regras mais rígidas ao conduzir estudos com usuários. “Estamos comprometidos em fazer pesquisas para melhorar o Facebook, mas queremos fazer isso da maneira mais responsável possível”, escreveu Mike Schroepfer, diretor de tecnologia do Facebook, no blog oficial. As mudanças são resultado da repercussão negativa de um estudo “secreto” para entender as emoções dos usuários realizado em 2012.

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Pela primeira vez, o Facebook reconheceu que falhou ao lidar com dilema ético que envolvia o estudo. Para produzir o artigo, publicado na Academia Nacional de Ciências dos Estados Unidos, o Facebook mudou propositalmente, entre 11 e 18 de janeiro de 2012, os conteúdos exibidos na linha do tempo de 600.000 usuários da rede. Uma parte só acompanhou conteúdos considerados positivos e a outra metade apenas assuntos negativos. No total, 3 milhões de conteúdos foram analisados.

“Agora está claro que existem coisas que nós deveríamos ter feito de maneira diferente. Nós deveríamos, por exemplo, ter considerado outras formas não experimentais para conduzir essa pesquisa. O estudo poderia ter sido beneficiado por uma revisão mais ampla de um grupo de pessoas mais experiente. Por último, ao divulgar o estudo, nós falhamos em comunicar claramente por que e como o realizamos”, escreveu Schroepfer, no blog oficial.

Segundo o Facebook, a equipe da rede social analisou, durante os últimos três meses, os procedimentos utilizados para fazer pesquisas com usuários. A reflexão após as críticas dos usuários ao estudo “secreto” resultou em novas regras. “Se o estudo estiver focado em grupos de uma certa idade ou em assuntos considerados muito pessoais, como emoções, a pesquisa só começará após um processo de análise”, detalha o executivo.

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Os estudos realizados no Facebook agora passarão pela análise de um grupo de funcionários das áreas de engenharia, jurídico, privacidade, entre outros, que indicarão se as pesquisas atendem às diretrizes da empresa. Os novos funcionários da empresa serão treinados de acordo com as regras para realização de pesquisas com usuários. Por fim, as pesquisas acadêmicas que envolvem o Facebook ficarão disponíveis por meio de uma nova página, atualizada regularmente.

“Queremos fazer pesquisas honrando a confiança que os usuários têm ao usar o Facebook todos os dias. Continuaremos a aprender e aprimorar nosso trabalho para alcançar esse objetivo”, diz Schroepfer. Não é a primeira vez que o Facebook reconhece a falha ao conduzir o estudo. No início de julho, a Sheryl Sandberg, vice-presidente de operações do Facebook, afirmou que a pesquisa foi “mal comunicada” e, por isso, pediu desculpas aos usuários da rede social.

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