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Fabricantes de tablets apostam no mercado brasileiro

Motorola, Samsung, ZTE e Apple devem se beneficiar de medida que reduz a taxa de IPI para 3% e o PIS/Cofins para zero

Por Da Redação
24 Maio 2011, 10h42

Empresas de tecnologia que entraram no mercado de tablets após o lançamento do iPad, da Apple, estão revisando suas estratégias de negócios e aumentando as apostas no Brasil – principalmente após a desoneração dos aparelhos feita pelo governo. A norte-americana Motorola e a coreana Samsung já produzem os dispositivos no país. A brasileira Positivo Informática planeja o lançamento de um modelo para o segundo semestre, enquanto que a chinesa ZTE deve se empenhar nos dispositivos que sairão de sua nova fábrica em Hortolândia, interior de São Paulo.

Na última segunda-feira, o governo publicou no Diário Oficial da União a medida provisória (MP) que inclui computadores tablets no regime que dá incentivos fiscais para a produção de bens de informática. O documento estabelece a inclusão dos tablets pouco após integrantes do governo anunciarem que a taiwanesa Foxconn avalia fabricar produtos da Apple no país, inclusive o iPad.

A Samsung, que concorre com o iPad e com o tablet Galaxy Tab, produz o aparelho em sua fábrica de Campinas, interior de São Paulo. Porém, o Galaxy Tab – com tela de 7 polegadas – não receberá benefícios fiscais por ter funções de voz e ser classificado oficialmente como um celular. Para aproveitar a redução dos impostos, a companhia lançará outros dois modelos no país com telas de 8 e 10 polegadas. “Já estamos com projetos tramitando para arrogar os incentivos aos aparelhos. Quando aprovados, no dia seguinte passaremos a fabricá-los em São Paulo”, afirmou à Reuters o vice-presidente de novos negócios da Samsung no Brasil, Benjamin Sicsu.

O enquadramento dos tablets na chamada “Lei do Bem” permite que o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) baixe nesses produtos de 15% para 3%. Além disso, a alíquota do PIS/Cofins cai de 9,25% para zero. A expectativa do governo é que os preços dos tablets caiam em cerca de 30% para o consumidor final.

A ZTE, que anunciou investimento de 350 milhões de reais na fábrica em Hortolândia, durante a visita da presidente Dilma Rousseff à China em abril, vai produzir seu tablet V9 na nova unidade e também sob contrato com a terceirizada Evadin, em Manaus. Eliandro Ávila, presidente da empresa no Brasil, afirmou que ainda não há data fixa para começar a produção, mas que a demanda já é grande o bastante. “Creio que o mercado passará a ficar mais aquecido a partir de agosto ou setembro. Os tablets são a grande promessa para o Natal. Pretendemos vender 150.000 unidades em um ano”, disse. A ZTE também terá um novo modelo de tablet com lançamento mundial que passará a ser produzido no Brasil.

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Já a Motorola, que compete no setor com o tablet Xoom, produz o aparelho no país em sua fábrica localizada em Jaguariúna, também interior de São Paulo. “A estratégia de precificação do tablet da empresa será revisada após a aprovação dos benefícios fiscais pelo governo”, disse a companhia por e-mail. A fabricante norte-americana afirmou já ter enviado requisição ao Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT) para usufruir dos benefícios fiscais para tablets.

De acordo com a empresa de pesquisa IDC, as vendas de tablets no Brasil devem chegar a 300.000 unidades em 2011, com a maior movimentação ocorrendo nos seis últimos meses do ano. Nessa ocasião, mais produtos do exterior terão chegado ao mercado brasileiro e as fabricantes nacionais já terão se posicionado com seus próprios produtos. Segundo o IDC, a desoneração dos dispositivos só terá um impacto relevante sobre as vendas em 2012, levando-se em conta o tempo de produção dos dispositivos brasileiros.

(Com agência Reuters)

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