Entrega é calcanhar de Aquiles do e-commerce
Segundo o Procon-SP, sites divulgam prazos apertados demais para atrair clientes. Por isso, consumidor deve antecipar compras de Natal
Atrasos na entrega de um produto adquirido pela internet é uma das reclamações mais recorrentes de consumidores, segundo a Fundação de Proteção e Defesa do Consumidor (Procon-SP): chegam a quase 70% das ocorrências registradas. Em situações em que um estabelecimento eletrônico enfrenta muitas reclamações, o órgão chega até a determinar a suspensão do serviço, como ocorreu na semana passada com os sites Americanas, Submarino e Shoptime, controlados pela B2W, que ainda pode recorrer da decisão.
Campeãs de reclamações
Empresas e número de ocorrências em São Paulo, segundo registros do Procon
1º – Americanas, Shoptime e Submarino (4.946)
2º – Compra Fácil (2.293)
3º – Casas Bahia (1.666)
4º – Magazine Luiza (1.206)
5º – Ponto Frio (826)
6º – Ricardo Eletro (784)
7º – Walmart (570)
8º – Carrefour (552)
9º – Fator Digital (425)
10º – Compre da China (399)
Mais informações: https://www.procon.sp.gov.br
Para Marcos Diegues, assessor técnico do Procon-SP, as lojas on-line brasileiras oferecem prazos de entrega curtos demais para tentar levar vantagem sobre competidores. “O problema é que a logística dessas companhias não dá conta da demanda”, afirma.
Segundo Diegues, em geral, falta clareza nas informações divulgadas nas páginas de compra. Exemplo disso é a prática de exibir itens cujo estoque já se esgotou, confundindo o consumidor. “Falta cuidado na apresentação desses itens na internet”, diz o assessor.
Outra falha comum é relativa a custos adicionais para a entrega. Muitas vezes, o preço exibido nos anúncios na rede não contém as despesas extras. O cliente, então, precisa redobrar a atenção antes de concluir a transação.