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Como os corretores encontram seu telefone para oferecer casas?

Com a ajuda de empresas especializadas em dados digitais, as imobiliárias veem até em obituários a oportunidade de aumentar vendas. O método é comum principalmente nos Estados Unidos.

Por Da Redação
21 Maio 2015, 16h50

Com a ajuda de empresas especializadas em big data (termo que designa a coleta e análise rápida do mundaréu de dados digitais), as imobiliárias aproveitam qualquer rastro virtual para comprar e vender imóveis. Cadastros em sites, lojas, compras com cartões e programas de fidelidade costumam ser os caminhos comuns para combinar ofertas a possíveis clientes. Nos Estados Unidos, até a morte de donos de casas ou apartamentos pode significar um aumento nas vendas. Rondando dados provenientes de eventos como divórcios, casamentos e obituários, as empresas rastreiam possíveis clientes (usualmente, herdeiros). É uma prática que se tornou rotineira em corretoras americanas, pois quando morre o dono de um imóvel isso costuma significar que há alguém querendo vender a propriedade.

O site Successors Data, na Califórnia, é um dos especializados em vasculhar registros de falecimento de proprietários e obituários para encontrar possíveis vendedores. Morry Eghbal, um dos fundadores da página, disse, em reportagem do jornal americano Wall Street Journal, que a estratégia vale a pena, pois poucos corretores a conhecem. Jornais e a internet são as melhores fontes para ajudar os agentes a entrar em contato com os prováveis vendedores – e compradores em potencial. Mais que isso, há ainda a vantagem (pelo ponto de vista das corretoras, é evidente) de que o imóvel de alguém que faleceu recentemente costuma ser adquirido por valores menores que a média de mercado.

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Big data – Após identificar potenciais clientes, as empresas de big data listam quem pode ser comprador, quem pode ser vendedor, e cruzam dados como idade, número de filhos, hobbies, preferências e, o mais importante, a renda (disponível em declarações de impostos e cadastros profissionais).

Se o corretor tem um cliente colecionador de carros querendo vender uma casa com garagem para seis automóveis, por exemplo, a empresa direciona a busca por pessoas que têm como hobby também colecionar carros. Assim que o quadro fica pronto, o corretor direciona anúncios virtuais a esse público, e chega até a enviar e-mails, ou mesmo cartas físicas, aos alvos. Os mais ricos ganham até um perfil completo, um dossiê, feito pelos sistemas de big data – e vendido por fortunas às imobiliárias.

(Da redação)

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