Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

Começa julgamento do dono do maior mercado negro da internet

Ross Ulbricht, de 30 anos, é acusado de comandar lavagem de dinheiro e venda de drogas pelo site Silk Road — que acaba de ganhar nova versão

Por Da Redação
13 jan 2015, 14h37

Suspeito de comandar o maior mercado de drogas e armas da internet, o californiano Ross William Ulbricht, de 30 anos, começa a ser julgado nesta terça-feira em Nova York sob as acusações de tráfico de narcóticos, lavagem de dinheiro, hackeamento, tentativa de assassinato e formação de quadrilha.

O site, conhecido por Silk Road, foi criado em fevereiro de 2011 para facilitar o comércio on-line de produtos ilegais e, de acordo com o FBI, teria gerado cerca de 1,2 bilhão de dólares em mais de um milhão de transações. Ulbricht, criador do site, é acusado de ter recebido 80 milhões de dólares em comissões.

Ele também teria pago, segundo a acusação, 750.000 dólares a um assassino de aluguel para eliminar seis pessoas – entre elas um informante. Ninguém chegou a ser morto, contudo.

O caso vem sendo comparado ao de mafiosos devido ao teor dos crimes pelos quais Ulbricht terá que responder – sobretudo o de formação de quadrilha que, combinado com outros, pode, de acordo com as leis americanas, resultar em prisão perpétua. A defesa, segundo a revista Forbes, deve alegar que Ulbricht não é Dread Pirate Roberts, apelido pelo qual o dono do Silk Road se comunicava pela rede. O advogado do acusado sustenta que o nome era usado por várias pessoas.

Continua após a publicidade

Para ter acesso ao Silk Road, os usuários usavam o navegador anônimo Tor e, na hora de realizar o negócio, optavam por moedas critografadas, que garantem sigilo de identidade. Era considerada uma plataforma segura até que, em meados de 2013, agentes da inteligência americana passaram a se infiltrar e, com base em pistas deixadas pelos frequentadores, conseguiram chegar até a casa de Ulbricht. Ele foi detido e seus computadores, apreendidos. O material virtual é a única prova que a acusação possui. Defensores de Ulbricht comentam que o conteúdo pode ser facilmente manipulado.

O FBI conseguiu tirar a página do ar no dia em que Ulbricht foi detido, mas o mercado negro on-line voltou um mês depois com o nome de Silk Road 2.0. Outra operação para derrubar o shopping ilegal ocorreu em outubro de 2014 depois de prisões de traficantes e hackers ligados ao site, mas não foi suficiente para intimidar os demais usuários. Na última semana a loja virtual mudou para uma rede mais difícil de quebrar o sigilo, a Invisible Internet Project (I2P), e agora se chama Silk Road Reloaded.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.