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Chico Bento, o caipira, vira personagem de jogo social

Versão para teste será disponibilizada em abril para usuários brasileiros

Por Renata Honorato
20 mar 2012, 17h59

Chico Bento, o personagem caipira do cartunista Maurício de Sousa, vai estrear no Facebook e no Orkut. A distribuidora por trás da adaptação do gibi para o universo dos games sociais é a filipina Level Up!, que depois de muitas tentativas conseguiu licenciar o material, ainda inédito no formato de um jogo. Embora a empresa não divulgue o investimento feito até o momento, a estimativa para o desenvolvimento de um game social no Brasil é de 350.000 reais. Esse valor pode variar de título para título e superar a marca de 1 milhão de reais.

A companhia, conhecida por oferecer no Brasil títulos do gênero MMORPG (jogo on-line massivo para milhares de usuários simultâneos), decidiu expandir a operação no país e optou por lançar no mercado local os games sociais. Segundo Julio Vieitez, diretor geral da Level Up!, a empresa fez um amplo trabalho de pesquisa para identificar as oportunidades. Essa avaliação incluiu análise de números e reuniões com companhias estrangeiras, muitas veteranas no segmento. “Decidimos apostar no setor, traçamos uma estratégia e buscamos um estúdio”, conta o executivo.

Foi o estúdio Insolita, de São Paulo, o escolhido para desenvolver o jogo do Chico Bento. As negociações de licenciamento foram conduzidas por Marcos Saraiva, gerente do departamento digital da Mauricio de Sousa Produções, e neto do cartunista. Além do caipirinha, toda a turma, que inclui a namorada Rosinha e a professora Dona Marocas, vai estar no título, ainda sem previsão de lançamento.

Reprodução
Reprodução (VEJA)

A escolha do Chico Bento para a nova empreitada da Level Up! não acontece à toa. A empresa fez várias pesquisas de mercado em busca de um personagem com pouca rejeição do público. Foi o caipirinha, portanto, o grande vencedor no quesito carisma.

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Para chegar ao personagem, a companhia fez um levantamento com 16 grupos de seis pessoas cada. Uma versão de conceito foi apresentada aos participantes e, com base na avaliação deles, o projeto seguiu adiante. “Descobrimos que o personagem, criado na década de 60, tem um grande apelo familiar. As pessoas disseram estar dispostas a jogar com seus pais ou filhos”, explica o diretor.

A audiência que a companhia espera atingir é bastante ampla, embora a pesquisa tenha mostrado maior simpatia dos grupos mais jovens (até 11 anos) e mais velhos (30 ou mais). O grande diferencial do jogo, segundo Vieitez, está no processo de desenvolvimento – a ideia do game partiu de uma marca e não ao contrário – e na adaptação das histórias já publicadas no gibi. O cenário será baseado em um sítio da Vila Abobrinha e os jogadores não poderão escolher Chico Bento ou a sua turma para dar início à partida. “As pessoas vão poder interagir com os personagens, mas não ser um deles”, diz o diretor.

Todas as etapas de produção foram acompanhadas pela equipe de Maurício de Sousa, já que a identidade gráfica das peças da arte fazem referência ao traço do cartunista. Lucas Lima, da Família Lima, e marido da cantora Sandy, é quem assina a trilha sonora, produzida de acordo com o cenário rural proposto pelo jogo. Ele pediu emprestada a viola de Chitãozinho para compor a música e o resultado não desapontou a família. Ao dar uma palhinha, escutou o seguinte comentário de Xororó, irmão de seu sogro: “Está muito bom. Já é quase um caipira!”

A Turma do Chico Bento entrará em testes em abril e um grupo de jogadores será convidado para avaliar o game antes do lançamento oficial.

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