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Brasil entrou no mapa de negócios da Nintendo

CEO da Nintendo of America diz que mercado local deverá se tornar 2º maior do continente e promete incluir país no lançamento mundial do console Wii U

Por Renata Honorato
23 dez 2011, 06h43

“Ainda estamos estudando qual o gênero favorito dos brasileiros, mas já percebemos que vocês adoram a franquia Mario, jogos de esportes e de corrida” – Reggie Fils-Aime, presidente da Nintendo of America

O Brasil entrou definitivamente no mapa da Nintendo. Embora a empresa japonesa não possua escritório próprio no país, ela nomeou um representante local, a Gaming do Brasil, para tocar seus negócios por aqui – e a parceria vem rendendo bons frutos. Em 2011, a multinacional trouxe para o território brasileiro os consoles 3DS e Wii. Em 2012, a promessa é um esforço extra para incluir o Brasil no lançamento mundial do Wii U, videogame que integra TV, jogos e internet através de um controle com tela sensível ao toque cujo design lembra um tablet. É uma prova da importância do mercado local para a companhia, que reconhece ainda a necessidade de fazer a localização dos jogos para o português, vertendo para a língua local textos dos games. “O Brasil é o terceiro mercado das Américas, atrás de Canadá e Estados Unidos. Acredito, no entanto, que ele tem potencial para se firmar como a segunda maior e mais importante região do continente”, disse, em sua passagem pelo Brasil, o americano Reggie Fils-Aime, presidente da Nintendo of America, responsável pelos negócios da companhia em todo o continente. Outra promessa do executivo para o próximo ano: expandir o catálogo de games para o 3DS e produzir títulos em parceria com desenvolvedores como Capcom, Konami, Electronic Arts e Ubisoft. Sorte dos aficionados, que terão mais títulos à disposição. Leia a seguir os principais trechos da entrevista.

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Qual a importância do Brasil para a Nintendo e por que o senhor decidiu visitar o país neste ano? Em julho, lançamos o Nintendo 3DS e o jogo The Legend of Zelda: Ocarina of Time 3D no mercado brasileiro. Também trouxemos oficialmente para o país o Wii. Por isso, é importante estar aqui pessoalmente para maximizar nossas oportunidades. O Brasil é o terceiro mercado das Américas, atrás de Canadá e Estados Unidos. Acredito, no entanto, que ele tem potencial para se firmar como a segunda maior e mais importante região do continente. Por isso, decidi visitar o Brasil. É preciso ver de perto como os negócios estão andando por aqui.

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A Nintendo pretende abrir um escritório no Brasil? O Brasil é um país grande, cuja economia está crescendo muito, em comparação com períodos anteriores. Nossa presença, contudo, ainda é pequena no território. Temos um parceiro local, a Gaming do Brasil, que funciona como nossas pernas, braços, olhos e ouvidos. O país não se limita a São Paulo e, por isso, temos de distribuir nossos produtos em outras regiões, como o Nordeste. Em todos os mercados onde atuamos, a Nintendo é uma marca voltada às massas: no Brasil, não pode ser diferente.

A Nintendo mostrará a sua versão final do Wii U na próxima E3 (maior feira do setor, que acontece em junho, nos EUA)? E quanto aos jogos? Nosso presidente global, Satoru Iwata, disse poucos meses atrás que estamos trabalhando muito para mostrar o Wii U e seus jogos na E3 2012. Quanto aos games, não posso dizer que estarão finalizados, porque o desenvolvimento só termina na ocasião do lançamento. Adianto, contudo, que os títulos disponíveis mostrarão de forma mais detalhada a experiência Wii U. E, é claro, falaremos sobre o lançamento do console.

Afinal, quando o Wii U chega às lojas? Essa é uma questão crítica. O que posso dizer, por ora, é que vamos lançá-lo em 2012, depois do mês de abril.

O Brasil receberá o console no mesmo dia que outros países? O objetivo da Nintendo of America é lançar o hardware e o software no mesmo dia em todo o continente. Isso é o que vamos tentar fazer. Trabalhamos com essa mesma meta nos jogos Super Mario 3D Land e Mario Kart 7, para 3DS, e The Legend of Zelda: Skyward Sword, para Wii. Mas também reconhecemos que isso é um desafio. No caso do portátil 3DS, por exemplo, tivemos uma janela de quatro meses porque precisamos avaliar questões de importação, impostos, padrões de software e ainda aguardar a aprovação da Anatel. De qualquer forma, vamos tentar lançar o Wii U no país simultaneamente.

Qual a agenda de lançamentos da Nintendo para os próximos meses? Em dezembro, lançamos o Mario Kart 7. No início de 2012, temos outros lançamentos agendados, como o Resident Evil: Revelations, da Capcom, e o Metal Gear Solid: Snake Eater 3D, da Konami. Outros jogos da Electronic Arts e Ubisoft, nossos parceiros, também chegam às lojas no início do próximo ano.

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Quais são as metas da Nintendo para 2012? Estamos trabalhando bastante em algumas coisas. A prioridade é o 3DS. O portátil foi lançado no Brasil e muitos jogos estão a caminho. Temos grandes expectativas em âmbito global. Em segundo lugar, está o Wii e os jogos que serão lançados para a plataforma em sua sobrevida. O que quero dizer é que temos de acompanhar a transição entre o atual dispositivo, lançado em 2006, cuja base é de 90 milhões de unidades. Sabemos que a chegada do Wii U diminuirá naturalmente as vendas do Wii, mas em alguns mercados, como o brasileiro, essa curva será diferente. A minha previsão é de que o Wii continuará crescendo por aqui, afinal o novo console ainda não está disponível para todos os consumidores. Além disso, ele chegará ao país por um preço mais alto. Nossa terceira prioridade é planejar o lançamento do Wii U.

Existe uma estratégica específica para a venda de jogos no Brasil? Ainda estamos estudando qual o gênero favorito dos brasileiros, mas já percebemos que vocês adoram a franquia Mario, jogos de esportes e de corrida ao estilo arcade, como o Mario Kart. Reconhecemos, no entanto, que precisamos nos aproximar mais dos consumidores e isso significa localizar os jogos para o português, vendê-los a partir dos principais varejistas e, obviamente, oferecer melhores preços.

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