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Redes sociais: do sucesso à saturação

Para o analista Jason Falls, a abundância de ofertas vai reduzir o número de redes generalistas e abrir espaço para outras, voltadas a nichos de mercado

Por Da Redação
11 abr 2012, 06h05

O enorme sucesso conquistado pelo Facebook gerou na internet um frenesi de redes sociais que levou à saturação as opções do usuário para compartilhar conteúdos e entrar em contato com outras pessoas no ciberespaço. Hoje em dia é quase tão frequente ter e-mail quanto perfil no Facebook, e o Twitter se transformou em um fenômeno global depois de demonstrar sua utilidade em situações de crise. Essas duas referências são somente a ponta do iceberg.

Em uma segunda linha estão o Google+ e as redes temáticas como LinkedIn, MySpace, Flickr, Hi5 e Foursquare, assim como as que conquistaram êxito em determinados países, como Orkut (Brasil), Tuenti (Espanha), Vkontakte (Rússia), Qzone (China) e iBibo (Índia), citando alguns exemplos. “Definitivamente há um limite”, afirmou o fundador do portal Social Media Explorer, Jason Falls, famoso guru americano das redes sociais e coautor do livro de marketing No Bullshit Social Media.

“Habitualmente, os usuários podem alimentar e manter entre uma e três redes sociais, mas realmente são ativos diariamente em uma ou duas. Além disso, como é possível fazer parte também de redes centradas em entretenimento, me surpreenderia se uma pessoa normal pudesse conciliar mais de duas ou três e que seu uso realmente forneça algo de produtivo”, analisou Falls. A abundância da oferta levará no futuro, segundo o analista, à provável redução do número de redes sociais generalistas e ao surgimento de outras orientadas a nichos de mercado concretos, de maior utilidade ao público-alvo.

Nessa mesma linha, Falls previu o crescimento das redes para pessoas que vivem no mesmo bairro ou na mesma cidade. “Acho que as redes sociais locais têm um tremendo lado bom. As pessoas estão mais satisfeitas com as relações reais do que com as virtuais, por isso as redes sociais locais ajudarão a preencher esse vazio”, diz ele.

Uma das novidades nesse coquetel social da internet foi a Pinterest, um portal californiano lançado em 2010, mas que ganhou popularidade nos últimos meses até o ponto de registrar maior tráfego de páginas web do que o Google+ e o Twitter. Trata-se de uma plataforma visual que permite ao usuário criar coleções de imagens vinculadas a conteúdos existentes na internet e compartilhá-las. “Conseguiram interligar consumidores em um nível emocional, mas acredito que no futuro o interesse dos usuários diminua em algum momento. ãSo somente fotografias bonitas com pouca utilidade”, diz Falls.

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Pelos dados da Double Click Ad Planner, a Pinterest se popularizou nos Estados Unidos principalmente entre as mulheres e as empresas, incluindo os meios de comunicação, que encontraram uma nova forma de chamar a atenção dos usuários das redes sociais e atrair possíveis consumidores recorrendo a posts visualmente atrativos.

A Pinterest, que não quis fazer comentários a respeito, passou de 600.000 visitantes em julho de 2011 para 17,8 milhões em fevereiro deste ano, segundo a empresa comScore. Nesta semana, seu cofundador Paul Sciarra anunciou sua saída das funções executivas do negócio.

As dúvidas sobre a capacidade das redes sociais de se transformarem em um negócio rentável sem atentar contra a privacidade dos usuários e terminar por afastá-los faz parte dos problemas dessas plataformas desde o princípio. Um passo além na busca de financiamento será dado pelo Facebook, que no mês de maio deve entrar na Bolsa de Valores Nasdaq, onde a rede mundial com 850 milhões de usuários pretende levantar até 10 bilhões de dólares.

(Com Agência EFE)

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