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Ameaça de suicídio coletivo reabre crise na Foxconn

Trabalhadores reclamam de sujeira, riscos e parcelamento de salários

Por Felipe Zmoginski
12 jan 2012, 17h53
Reprodução
Reprodução (VEJA)

Grandes fabricantes de eletrônicos como a Microsoft, Apple, Sony e Nintendo voltaram a sofrer desgaste após uma nova onda de protestos e ameaças de suicídio coletivo afetarem um de seus principais fornecedores na China, a Foxconn.

Esta semana, trabalhadores do completo fabril de Wuhan, no interior do país, ameaçaram promover um suicídio coletivo em protesto contra as más condições de trabalho. De acordo com ONGs ligadas aos operários na China, cerca de 300 funcionários da Foxconn subiram no telhado de uma das fábricas da empresa, em Wuhan, e ameaçaram se jogar de lá caso não tivessem seus pedidos atendidos pela direção da companhia.

Os empregados reclamam do excesso de sujeira nas fábricas, da falta de treinamento para operar máquinas perigosas e do parcelamento de seus salários que, em tese, deveriam ser pagos à vista. O protesto terminou sem mortes, mas 45 trabalhadores decidiram pedir demissão após a crise. A maior parte dos operários trabalhava numa linha de produção que fabrica os consoles Xbox 360, da Microsoft.

Em nota, a Foxconn minimizou o episódio. Segundo a fábrica, a ameaça de suicídio coletivo reuniu 150 pessoas e não 300, como divulgado pelas ONGs. A companhia diz ainda que os 150 manifestantes representam um pequeno percentual dos 32 mil trabalhadores que atuam em Wuhan.

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Em 2009 e 2010, a Foxconn foi alvo de duras críticas internacionais após 19 pessoas cometerem suicídio em suas instalações em Shenzhen, no sul da China. Após a grave crise, a Foxconn melhorou as condições de trabalho em Shenzhen, o que incluiu colocar redes protetoras nos prédios para que ninguém se atirasse pelas janelas da fábrica.

Segundo ONGs como a SACOM, com sede em Hong Kong, as melhorias em Shenzhen escondem uma piora nas condições de trabalho em fábricas no interior do país, como Wuhan.

Preocupada com a repercussão negativa das manifestações deste início de ano, a Microsoft divulgou uma nota afirmando que acompanha o caso com seriedade. Na nota, a fabricante do Xbox diz que possui um código de conduta para contratar fornecedores. Também afirma que está comprometida em garantir que os trabalhadores na China recebam um tratamento justo.

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