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Algoritmo acha trolls do mundo digital

O sistema desenvolvido por pesquisadores americanos identifica, com 80% de precisão, pessoas que fazem bullying virtual

Por Da Redação
29 abr 2015, 15h24

Um algoritmo desenvolvido por pesquisadores americanos é capaz de identificar, tendo apenas cinco comentários como base, quais serão os futuros trolls da internet. O método, desenvolvido por uma equipe de cientistas da Universidade de Standford e da Universidade de Cornell, ambas nos Estados Unidos, prevê com 80% de precisão quem são ou serão as pessoas que espalham comentários pela rede com o intuito de causar confusão, ofender outros e agredir moralmente.

Os detalhes do algoritmo, que analisa comentários e posts em redes sociais para buscar os possíveis trolls, foram descritos este mês em um artigo compartilhado em uma plataforma online de pré-publicação.

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Comportamento – Para formular o software, os pesquisadores analisaram, durante dezoito meses, mais de 40 milhões de posts dos sites da emissora de televisão americana CNN, da página de política Breitbart e da de games IGN. Os donos dos comentários foram divididos em dois grupos: os que seriam banidos pelo site futuramente (os trolls) e os que não seriam expulsos. Os primeiros usam palavras negativas, têm uma escrita difícil de entender e acabam ganhando a intolerância dos outros internautas. Seus posts afetam negativamente outros usuários e criam um ambiente desagradável. Já o segundo grupo posta comentários de acordo com o assunto em pauta.

Para a identificação dos possíveis trolls, o algoritmo estuda a escrita do post, as palavras utilizadas, número de respostas e de “curtidas” e a interação do moderador do site com o post e com o usuário. Com menos de dez posts de um troll, o programa consegue fazer a avaliação desses fatores e prevê se o usuário será banido ou não.

O algoritmo visa prever e evitar ataques de trolls a sites e fóruns, mas ainda não é usado na prática porque os cientistas querem chegar à perfeição, aos 100% de precisão, antes de começar o trabalho para valer. Assim, usuários que nada fizeram de errado (afinal, 80% de acerto pode parecer bom, mas também significa que um em cinco será culpado de um crime que não cometeu) não correrão o risco de serem abordados pela máquina.

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O bullying e o troll – O troll, termo inspirado no monstrengo grotesco do folclore escandinavo e que acabou sendo empregado para o massacre via comentários em sites ou pelo Twitter, geralmente age em fóruns de discussões onde o internauta posta ofensas ou comentários apenas para causar confusão. Um dos casos mais conhecidos é o da inglesa Samantha Brick, que em 2012 escreveu para o site do jornal Daily Mail um artigo contando como os homens respondiam deslumbrados à sua estonteante beleza, enquanto as mulheres se roíam de inveja. Em mais de 5 500 comentários, Samantha foi praticamente linchada pelo pecado do excesso de convencimento.

Já o cyber-bullying, uma versão ainda mais pesada do troll, é uma ofensa direta a alguém, a um grupo, uma etnia. Normalmente com o intuito de intimidar. Um exemplo é o caso da estudante Mayara Petruso que, em 2010, postou em sua conta no Twiter frases discriminando os nordestinos. O caso teve repercussão nacional e a jovem foi condenada pela Justiça Federal de São Paulo a cumprir pena de um ano e cinco meses, que foi convertida em prestação de serviço comunitário e pagamento de multa.

(Da redação)

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