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“Ainda demorará para que smartphones sejam de alta qualidade e realmente baratos”, diz Rick Osterloh, CEO da Motorola

Em entrevista ao site de VEJA, durante o lançamento mundial dos novos produtos da empresa, em São Paulo, Osterloh contou como serão os dispositivos dos próximos anos

Por Marina Morelli
29 jul 2015, 18h56

No último ano, o smartphone mais vendido no Brasil foi o modelo Moto G, da Motorola. Barato e dirigido ao público jovem, o aparelho repaginou a imagem da fabricante americana que, durante alguns anos, foi reconhecida no país por celulares que davam problema na bateria, no sistema operacional e nos carregadores. Com isso, perdeu clientes no país (e em todo o planeta). Agora, a Motorola quer se reeguer. E, para isso, aposta em novos modelos de smartphones, apresentados em São Paulo na semana passada, cada vez mais focados no mote “barato e bom” e na clientela de países pobres.

Esse novo posicionamento levou a um aumento nas vendas – mundialmente, o crescimento foi de 113% -. Os novos modelos, apresentados em um evento em São Paulo (que oferecer até sessões gratuitas de tatuagens para chamar a atenção do público), certificaram que a marca não saiu de seu novo padrão. O principal dos novos celulares, aliás, é uma versão atual do Moto G, novo carro-chefe da empresa, já disponível em lojas de mais 60 países.

Durante o evento, o CEO Rick Osterloh conversou com o site de VEJA sobre o futuro dos smartphones e as tendências para a indústria global de telefonia.

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Qual será o futuro dos smartphones? Na minha visão, os próximos anos serão dominados pelos smartphones baratos. Até hoje, os celulares sem acesso à rede são os mais usados no mundo. Por isso, ainda há muito trabalho para que os smartphones sejam de alta qualidade e baratos – só assim mais pessoas irão se beneficiar deles.

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Mas como fazer para derrubar o preço? Temos de investir principalmente em pesquisa e na produção local dos dispositivos, para baratear os custos. Temos uma fábrica no interior de São Paulo na qual hoje trabalham cerca de 350 pesquisadores focados em desenvolvimento, como no aprimoramento das câmeras e do sistema de recepção de 4G. Só essa escolha, de fabricar localmente, fez com que abaixássemos os preços radicalmente. Hoje, nosso celular mais caro no país custa apenas 1 500 reais. É uma estratégia mundial que chamamos de “valorizar o dinheiro”. Ou seja, oferecer algo de qualidade, mas por uma quantia que valha a pena.

Além de preço e acesso rápido à internet, o que mais é importante em um smartphone? Após pesquisas com clientes, percebemos que as maiores reclamações eram sobre a bateria, a câmera, o preço e o fato de o design dos celulares serem todos iguais. São as áreas nas quais decidimos investir. Hoje os novos modelos da Motorola têm a bateria otimizada, que carrega mais rápido e dura mais (o Moto X Play perdura até dois dias em uso), e as câmeras são boas para qualquer tipo de foto. Todos têm preços acessíveis e a partir de agora também poderão ter design personalizado com a ajuda de um novo site, o Moto Maker.

Foram as pesquisas que deram a indicação para que todos os celulares sejam dual chip? Sim, algumas pessoas comentaram que gostariam de ter dois chips em um mesmo celular e também um cartão de memória para armazenar mais arquivos, já que as câmeras estão mais potentes e as imagens ocupam mais espaço. As pesquisas são ótimos parâmetros para nos mostrar as necessidades do público.

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No Brasil, a internet para celulares costuma ser lentíssima, em comparação com outros países. Há alguma forma de contornar isso? Tentamos aprimorar os celulares para terem uma excelente recepção de ondas de rádio. Isso significa que nas áreas onde os celulares dispõem de um serviço fraco, os nossos telefones funcionam melhor já que têm sensores de alta qualidade.

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