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A Apple lança muitas novidades; de todas, duas realmente importam

Como é de costume nesta época do ano, a marca anunciou suas apostas na área de softwares no evento anual WWDC, em sua 26ª edição. Duas se destacaram: o Music, que surge para concorrer com o Spotify, e o News, congregador de notícias digitais similar ao (agora) rival Flipboard.

Por Da Redação
8 jun 2015, 17h43

O evento anual WWDC, da Apple, que ocorre sempre no meio do ano, costuma ser o menos entusiasmante da marca para o consumidor-final. É, porém, esperado com ansiedade pelos desenvolvedores, peça-chave do sucesso dos produtos da empresa mais valiosa do mundo. Isso porque é o momento em que a companhia apresenta novidades em seus softwares, determinantes para direcionar a criação de apps pelos programadores que fazem os programas de iPhones, Macs, iPads e do novíssimo Apple Watch. Ou seja, apesar de não deixar compradores em alvoroço como em um lançamento de um iPhone, o evento prepara o terreno para as novidades futuras que vão impactar quem usa os gadgets que levam o ícone da maçã. Neste ano, a Apple apostou suas fichas em três frentes: atualizações dos sistemas operacionais para iPhone, iPad, Mac e Watch, com novos apps; o lançamento do News, que congrega notícias de várias fontes; e, principalmente, o Music, a resposta da empresa à era do streaming, e que procura desafiar o Spotify.

É por ter foco no desenvolvedor que também é no WWDC que a Apple aproveita para apresentar seus números grandiosos. “A App Store passou os 100 bilhões de downloads e pagou 30 bilhões de dólares a desenvolvedores”, destacou o CEO Tim Cook, como forma de reforçar a mensagem “programadores, continuem conosco que vale mais a pena”. E esses são só alguns dos números usados para conquistar os principais parceiros da empresa.

Para o público em geral, porém, foram dois novos produtos que saltaram aos olhos: o News, que funciona como o agregador de notícias Flipboard, mas com maior eficiência; e o Music, o Spotify da Apple.

Confira um resumo das novidades e como elas podem impactar a vida dos fãs da marca:

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Apple Music – “Música online se tornou uma bagunça de apps, serviços e sites. O Apple Music agrupa as melhores funcionalidades em uma experiência só, que os fãs vão apreciar”, prometeu o produtor musical Jimmy Iovine, funcionário da Apple desde maio do ano passado, quando sua Beats foi vendida por 3 bilhões de dólares para a empresa. E a promessa parece que será cumprida. O programa da Apple mescla streaming de música e vídeo, rádio mundial e com 24 horas de programação e uma rede social focada no relacionamento de artistas, novatos ou consagrados, com fãs. Trata-se de uma mistura bem-feita de Spotify com Instagram. Ainda não foram dados detalhes de quantos músicos estarão no serviço, mas se pode esperar muito de uma empresa que criou o iTunes – por onde mantém parcerias com as principais gravadoras do planeta. É grátis? Não. O usuário terá três meses gratuitos, mas depois passa a custar cerca de 10 dólares mensais (15 para o plano familiar). Só para gadgets da Apple? Não. E essa é uma enorme mudança para a empresa. O serviço também estará em PCs e em smartphones e tablets com o Android, o sistema operacional do Google.

Apple News – aplicativo que visa substituir a Banca do iPhone e do iPad. Para quem é familiarizado com o Flipboard, não há muita novidade na tecnologia. O programa rastreia os gostos e hábitos do usuário para juntar notícias que possam interessar. Há, porém, dois diferenciais. Primeiro, na forma como as matérias são apresentadas, em um layout próprio do News e que leva a marca da Apple (leve para navegar e de design limpo e agradável). Segundo, nas parcerias, pois a Apple já larga de mãos dadas com grandes nomes da mídia, a exemplo do The New York Times e da editora Condé Nast.

iOS9 – A atualização do sistema operacional de iPad e iPhone trouxe algumas funções práticas. No tablet, agora é possível rodar dois aplicativos ao mesmo tempo – como assistir a um jogo de futebol em um, enquanto se busca por notícias em outro. Os dois dispositivos ainda imitaram o rival Android com a funcionalidade de diminuir o gasto com energia quando a bateria está fraca, o que ganha três horas extras de uso. Além disso, surgiram novas versões de vários aplicativos da Apple, como o HomeKit, que permite acessar aparelhos domésticos conectados à internet, a exemplo de TVs e alarmes. A principal mudança, porém, veio na Siri, a assistente virtual da Apple. Agora ela faz buscas mais personalizadas e inteligentes dentro do smartphone. É possível, por exemplo, pedir para ela pesquisar por e-mails e outras mensagens recebidas por seu chefe durante umas férias.

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Novidades do Pay – o sistema de pagamentos móveis deve em breve ser aceito em mais de um milhão de estabelecimentos, incluindo no transporte público de Londres, na Inglaterra. Gancho para outra novidade: agora o Pay está na Inglaterra, além dos Estados Unidos.

Metal – o software de games da Apple está agora em Macs e promete multiplicar por dez o desempenho dos jogos digitais em computadores. Interessante para quem joga em Macs. Mas pouco importou para os donos de consoles de videogames.

O novo sistema operacional do Mac – o El Capitan (é, esse é o nome) teve atualizações que visam principalmente aumentar o desempenho do software: está 1,4 vezes mais rápido para abrir um app e duas vezes mais veloz para navegar entre programas, ver um PDF e acessar e-mails.

O watchOS 2: Não faz nem dois meses que os relógios da Apple estão nas lojas e a companhia escolheu atualizar o sistema operacional do gadget. Por quê? Estava confuso. Não houve uma grande remodelação, mas a navegação está mais intuitiva, fácil. Para checar, por exemplo, por compromissos futuros na agenda basta rolar para cima a tela. O Watch ainda se tornou melhor integrado a apps de iPhone e iPad.

Uma marca deste WWDC foi a imitação, só que sempre com melhorias. A nova Siri, a assistente pessoal de iPhones, iPads e Watchs, tá a cara do Google Now. O Mapas remodelado da Apple também ficou deveras similar ao Maps e ao Waze, ambos do Google – e por ter ficado praticamente igual não se destacou entre as novidades. O Music é o Spotify, porém, melhor. O El Capitain, com novo sistema para navegar entre abas e programas abertos, mescla o Windows 10, da Microsoft, com o Chrome, o navegador de internet do Google.

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Só que sempre vale lembrar que a Apple nunca foi conhecida por inovar do zero. Mas por ser um ás em outro negócio: o de pegar inovações de pouco sucesso, remodelá-las, e fundar mercados bilionários com isso. O iPod não foi o primeiro tocador de músicas digitais. Só que foi aquele que revolucionou a indústria fonográfica. O iPhone também não foi o primeiro smartphone, nem o iPad o pioneiro dentre os tablets, e o Watch foi lançado depois de surgirem dezenas de rivais dos principais concorrentes da companhia. O Music e o News não são os primeiros dentre os seus. Porém, podem ser aqueles que vieram para definir duas indústrias: a de streaming de música e das mídias digitais.

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