Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

Vírus zika é encontrado em pernilongo comum, diz estudo

Uma pesquisa realizada pela Fundação Oswaldo Cruz encontrou o vírus na glândula salivar do mosquito, mas ainda não é possível afirmar que ele transmite a doença

Por Da Redação
3 mar 2016, 14h51

Pesquisadores da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) em Pernambuco encontraram o zika vírus ativo na glândula salivar e no intestino do mosquito Culex (pernilongo comum). A revelação sugere que o pernilongo poderia ser um novo vetor de transmissão da doença, além do Aedes aegypti.

“Para concluir isso (em definitivo), só falta identificar em campo a espécie de mosquito infectada com o vírus da zika. Nas casas e onde acontecem registros do vírus estão sendo coletados mosquitos das duas espécies. Trazemos esse material para o laboratório e fazemos os testes moleculares para detectar o vírus nesses mosquitos. Após analisar uma grande quantidade de amostras, poderemos ter uma ideia se o Aedes é o vetor exclusivo, se existem outros vetores e qual a importância de cada um na transmissão”, afirma Constância Ayres, autora da pesquisa.

Leia também:

Crescem as evidências da relação entre zika e Guillain-Barré

Maioria é contra permissão do aborto para grávidas com zika

A conclusão se deu após a cientista realizar, em laboratório, três infecções em cerca de 200 mosquitos Culex criados em laboratório. No experimento, a pesquisadora alimentou os pernilongos por sete dias com sangue infectado pelo zika. Análises posteriores mostraram que o vírus se manteve ativo nos insetos. “Isso significa que o atual vírus conseguiu escapar de algumas barreiras no mosquito e chegou à glândula salivar”, explicou a pesquisadora durante o workshop A, B, C, D, E do vírus zika.

A presença do Culex em zonas urbanas do país supera em 20 vezes a incidência do Aedes, conforme os especialistas da Fiocruz. Ele também constituiria uma ameaça maior, por estar disseminado quase em todo o mundo, e por ter facilidade de reprodução em água suja – ao contrário do vetor comum de dengue, zika e chikungunya.

Continua após a publicidade

Cautela – Apesar do achado, especialistas dizem que o fato de o Culex ser “infectável” não indica obrigatoriamente que ele possa transmitir zika. “O experimento ainda é muito preliminar”, disse Margareth Capurro, bióloga do Instituto de Ciências Biomédicas da Universidade de São Paulo (ICB-USP).

Balanço – De acordo com a Organização Pan-Americana de Saúde (Opas), há 134 mil casos suspeitos de zika no continente e 2.765 confirmados. A organização destaca que, pelo fato de 80% das vítimas serem assintomáticas e ainda existir dificuldade de diagnóstico, esses números não representam o surto.

(Com Estadão Conteúdo)

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.