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Videogame Wii põe diversão na fisioterapia

Por Júlia Rodrigues
29 jun 2009, 12h52

Pacientes que inventam milhares de desculpas para fugir das sessões de fisioterapia têm agora uma inusitada razão para se tornarem mais assíduos: o uso do videogame Nintendo Wii no tratamento. A ideia de usar a realidade virtual na fisioterapia não é nova. Clínicas estrangeiras já haviam utilizado o Playstation 2, da Sony, mas os recursos deste não podiam ser aproveitados por todos os pacientes.

O que diferencia o console da Nintendo dos demais são seus sensores, instalados junto ao aparelho de TV, que captam os movimentos dos jogadores e os reproduzem na tela. O recurso permite que os pacientes movimentem todo o corpo ao brincar, e não apenas a mão, como nos games tradicionais. Assim, durante a terapia, é possível simular jogos de tênis, boliche, luta de boxe, baseball e golfe (Wii Sports) ou praticar dança, ioga e outros exercícios que desenvolvem a força e o equilíbrio (Wii Fit).

“Enquanto estão jogando, os pacientes, sem perceber, executam movimentos que eles mesmos consideram difíceis”, explica o fisioterapeuta Fábio Navarro Cyrillo, responsável pela implementação da ferramenta na clínica de fisioterapia da Universidade Cidade de São Paulo (Unicid). Outro ganho é a possibilidade de o paciente acompanhar a sua evolução, uma vez que o game reproduz na TV os movimentos do jogador. É o que se chama de “espelho virtual”.

Estudos científicos já se debruçam sobre o assunto, tentando estabalecer de forma clara quais os benefícios do uso do game na fisioterapia – e também eventuais contraindicações. Por ora, Maureen J. Simmonds, diretora do departamento de fisioterapia da Universidade de McGill (Canadá) e uma das pesquisadoras do tema, diz que os “resultados são promissores” para a saúde, além de a nova técnica ser divertida, barata e de fácil aplicação.

Veja a seguir vídeo em que pacientes narram a experiência com o Wii Video

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Corpo e mente – Quase todos os pacientes podem se beneficiar da novidade. As exceções são grávidas nos três primeiros meses de gestação e pessoas com problemas mentais ou que apresentem um quadro agudo de dor (tendinite). Outro ponto que deve ser ressaltado é que o Nintendo Wii só deverá ser usado como forma de tratamento depois de avaliação médica, e as sessões deverão ser acompanhadas por fisioterapeuta.

Excetuando-se esses casos, seu uso é livre, segundo o fisioterapeuta Denis Graciotto. O tratamento é indicado para todas as idades e tanto para problemas ortopédicos quanto neurológicos. Em caso de dano neurológico, o videogame é bastante proveitoso para auxiliar na recuperação motora, necessária em casos como o de adultos que sofreram acidente vascular cerebral (AVC ou derrame cerebral). O tratamento visa trabalhar coordenação motora, força e raciocínio.

No caso de crianças com paralisia cerebral, o tratamento ajuda a desenvolver movimentos básicos, como tomar um copo de água e pentear o cabelo. Já as doenças degenerativas – aquelas cujos sintomas se intensificam com o tempo – são mais complicadas, mas também podem tirar proveito do Nintendo Wii, garantem os especialistas: é possível, por exemplo, retardar a progressão dos sintomas.

“O Wii Sports (que usa o tradicional joystick e suas variações) é indicado para o tratamento de lesões medulares e pacientes que fizeram cirurgias ortopédicas nos membros superiores”, diz Graciotto. “Já a plataforma do Fit (colocada no chão e sobre a qual o jogador atua) é ótima para trabalhar na fase pós-operatória dos membros inferiores, principalmente joelhos e tornozelos. Ele ainda trabalha a força, o equilíbrio e ajuda aqueles que estão em fase de propriocepção (situação em que o paciente passa a ter percepção espacial de seu corpo, como posição e orientação)”.

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