Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

Três em quatro usuários têm plano de saúde coletivo

Segundo ANS, número de clientes de planos coletivos quase dobrou nos últimos doze anos

Por Da Redação
10 mar 2014, 15h50

A oferta de planos de saúde individuais está cada vez menor no país – o que pode prejudicar trabalhadores autônomos ou empregados que não possuem convênio médico e desejam contratar o serviço, por exemplo. Em doze anos, o número de usuários de planos coletivos quase dobrou e hoje já representa 78,7% do total, segundo dados mais recentes da Agência Nacional de Saúde (ANS). Em 2001, quando o número começou a ser monitorado, apenas 43,4% dos clientes estavam em planos coletivos.

O Brasil tem hoje 38,5 milhões de beneficiários de planos de saúde. Nos últimos anos, grandes operadoras abandonaram o mercado de planos individuais. O caso mais recente foi o da Golden Cross, que no ano passado decidiu concentrar negócios no ramo empresarial e vendeu a carteira de clientes de planos individuais e familiares para a Unimed-Rio. Cerca de 160 000 usuários precisaram migrar de operadora.

Leia também:

Planos de saúde terão de avaliar hospitais e médicos

ANS suspende vendas de 83 planos de saúde

40% dos planos de saúde têm rede própria de atendimento

Continua após a publicidade

Segundo a Federação Nacional de Saúde Suplementar (FenaSaúde), que reúne as maiores operadoras do país e detém um terço do mercado, das 31 empresas associadas, só 11 vendem planos individuais. Segundo a ANS, por outro lado, do total de operadoras de planos médicos e odontológicos, 80% comercializam plano individual.

Para João Barroca, diretor adjunto de produtos da ANS, o crescimento dos planos coletivos se deve, sobretudo, à ampliação do mercado de trabalho formal no país nos últimos anos. “Se aumenta o número de empregos formais, cresce também o número de planos coletivos empresariais. Os planos passaram a ser pauta de reivindicação dos trabalhadores”, diz.

Teto – Para entidades de defesa do consumidor, porém, a tendência tem beneficiado as operadoras e prejudicado o poder de escolha dos usuários. Isso porque os planos coletivos não estão sujeitos à regulação dos individuais por parte da ANS. Somente os últimos têm índice máximo de reajuste.

“Definir teto do reajuste apenas para os individuais acaba fazendo com que as operadoras prefiram trabalhar com os coletivos, que dão menos garantias e proteção para o consumidor. É preciso que a ANS também passe a regular os reajustes dos planos coletivos”, diz Joana Indjaian Cruz, advogada e pesquisadora do Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec).

Leia também:

Plano é obrigado a partir desta quinta-feira a cobrir 37 remédios contra o câncer

SP: 30% dos usuários de planos de saúde recorreram ao SUS ou atendimento particular

Controle – A ANS diz que não seria benéfico para os clientes a interferência. “Quando o empregador, que tem centenas ou milhares de funcionários, negocia um plano empresarial com uma operadora, ele tem um poder de barganha muito maior”, diz Barroca. Ele explica que, para planos coletivos menores, com até trinta beneficiários, a agência definiu algumas regras. “Percebemos que eram os mais desprotegidos, então editamos uma resolução que obriga as operadoras a aplicar somente um reajuste por ano e com índice único.”

Para a advogada do Idec, a determinação não basta. “Fizemos uma pesquisa em que analisamos setenta valores de reajuste e alguns chegaram a 40%. Não adianta fazer a operadora estipular um valor de reajuste único, se não há um teto.”

Embora a maioria de suas associadas não venda planos individuais, a FenaSaúde afirma que não há restrição na comercialização desse tipo de produto, que, segundo a entidade, teve expansão de 1,6% nós últimos 12 meses. “A atual prevalência dos planos coletivos vem refletindo a maior demanda, de empresas de todos os portes.”

Continua após a publicidade

(Com Estadão Conteúdo)

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.