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Estudo desaconselha tratamento imediato contra o câncer de próstata em pacientes acima dos 70 anos de idade

Por Da Redação
14 abr 2011, 10h15

Um novo estudo americano reforça a ideia, defendida em levantamentos anteriores, de que o tratamento contra o câncer de próstata pode ser adiado em pacientes com mais de 70 anos. De acordo com a pesquisa, publicada no Journal of Clinical Oncology, apenas monitorar os casos de tumores de baixo risco em homens idodos pode ser mais seguro do que iniciar o tratamento assim que o câncer é detectado. Isso porque, explicam os médicos, ainda não existe um método 100% eficaz para determinar quais homens terão, de fato, sua saúde prejudicada pelo aparecimento do tumor – nesses casos, o risco de um tratamento desnecessário pode ser mais prejudicial do que a doença.

A pesquisa acompanhou um grupo de 650 homens acima dos 66 anos, todos com câncer de próstata já detectado. Os médicos perceberam que a maioria dos pacientes foi capaz de viver durante cinco anos sem qualquer tratamento contra a doença. Nenhum dos participantes morreu em função do câncer de próstata durante o estudo.

“O problema por trás da pesquisa é que, hoje, há um excesso de tratamento em casos de câncer de próstata, porque não sabemos dizer ao certo quais pacientes jamais serão prejudicados pela doença”, diz H. Ballentine Carter, professor de urologia e oncologia na Universidade Johns Hopkins e um dos responsáveis pela pesquisa. Segundo o especialista, a grande maioria dos casos de câncer de próstata em pacientes idosos cresce lentamente, permitindo à pessoa viver por muitos anos.

Uma das hipóteses mais prováveis para o excessivo tratamento da doença nesses pacientes pode estar no exame que é feito para diagnóstico. Fácil, simples e barato, o exame para diagnosticar o tumor mede a quantidade do antígeno específico da próstata (PSA, sigla em inglês), uma substância que tem seu nível no sangue aumentada na maioria dos casos de tumor na próstata.

Feito em larga escala, esse exame tem aumentado o diagnóstico de cânceres que nunca teriam causado problemas significativos à saúde do paciente – já o tratamento em idosos pode ter efeitos colaterais muito mais severos. Estudos científicos anteriores já haviam contra-indicado exames de diagnóstico de câncer de próstata em homens acima dos 70 anos.

Clique nas perguntas abaixo para saber mais sobre o câncer de próstata :

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Dr. Mario Eisenberger

Há 17 anos trabalhando na Universidade Johns Hopkins, o oncologista Mario Eisenberger estuda o futuro do combate ao câncer. Formado pela Universidade Federal do Rio de Janeiro, já teve pacientes que chegaram em estado grave ao seu consultório, com metástase até no osso, mas que dez anos depois estão vivos e em completa remissão.

“Metástase não é mais sentença de morte”, diz, com um leve sotaque em inglês, adquirido nas quase quatro décadas morando nos Estados Unidos. Fascinado por estudos clínicos, sua tarefa é definir os padrões da doença que serão examinados. É a linha de frente da ciência.

Prevenção O quanto o estilo de vida das pessoas influencia no aparecimento do câncer de próstata?

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Diante dos resultados conflitantes entre exames de epidemiologia e rastreamento (exames preventivos) publicados na Europa e nos Estados Unidos, é possível dizer que o rastreamento para câncer de próstata salva vidas?

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O que o doente deve fazer para prevenir problemas de efeitos colaterais do tratamento e para melhorar o tratamento do câncer?

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Quanto tempo falta para existir uma vacina contra o câncer de próstata?

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É possível que os filhos de alguém que teve câncer de próstata também tenham esse tipo de câncer, já que o pai, os tios e o avô também tiveram?

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Tratamento Quais são as formas de tratamento do câncer de próstata?

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Tem se comentado que o uso de estatinas (substância usada para baixar o nível de colesterol “ruim”), além de baixar o colesterol, pode ter uma influência para os resultados do tratamento primário de câncer, progressão e metástase. A estatina funciona? Qual são os riscos e benefícios em pacientes com câncer de próstata?

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O médico e leitor Celso foi diagnosticado com câncer de próstata e recusou o tratamento proposto de castração química, por conta dos efeitos colaterais. Ele iniciou tratamento com o remédio ciproterona, há três meses. Existem outras formas de tratamento, sem modificar a qualidade de vida?

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Quanto tempo deve demorar para a liberação da abiraterona? Esta nova droga é capaz de diminuir os tumores?

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O que os pacientes podem esperar para o futuro?

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TRATAMENTO NOS ESTADOS UNIDOS O que é preciso fazer para se voluntariar para tratamentos com novas drogas. É possível fazer isso à distância?

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Há um custo para os estudos clínicos. Os pacientes precisam pagar para ser voluntários?

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*O conteúdo destes vídeos é um serviço de informação e não pode substituir uma consulta médica. Em caso de problemas de saúde, procure um médico.

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