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Trabalho ajuda no tratamento de pessoas com esquizofrenia, diz estudo

Há melhora do desempenho intelectual e diminuição dos sintomas da doença

Por Da Redação
13 set 2010, 18h39

Programa conseguiu estágios para cem pacientes. 42% deles foram efetivados

O trabalho melhora de forma significativa o desempenho intelectual de pessoas com esquizofrenia, além de diminuir sintomas da doença, como apatia e isolamento. É o que mostra um estudo do Instituto de Psiquiatria da Universidade de São Paulo (IPq-USP). O estudo, publicado na revista científica Schizophrenia Research, reúne os resultados do Programa Reação, iniciativa do IPq que, de outubro de 2003 a abril de 2010, conseguiu inserir cerca de cem pacientes em estágios de reabilitação vocacional em São Paulo. Empresas parceiras acolhiam os estagiários sem nenhum ônus. O programa oferecia bolsa mensal de R$ 200 como ajuda de custo para os pacientes.

“As pesquisas realizadas até agora mostravam que pacientes com melhor desempenho cognitivo tinham mais chances de ingressar no mercado profissional”, aponta Wagner Gattaz, presidente do conselho do IPq e um dos autores do trabalho. “Comprovamos que a relação inversa também é verdadeira: como diz o ditado, “trabalho faz bem para a cabeça.”

A ideia do programa surgiu quando Gattaz lecionava na Universidade Heildelberg, na Alemanha. Ele implantou uma ação semelhante em Mannheim, incorporada mais tarde pelo programa local de seguridade social.

Perfil – A neuropsicóloga Danielle Soares Bio, que também assina o estudo, enumera o perfil dos participantes: pessoas que, em média, conviviam com a esquizofrenia por mais de oito anos e iniciaram o tratamento por volta dos 21 anos. Como pré-requisitos, elas deveriam apresentar boa adesão ao tratamento com os remédios prescritos pelo psiquiatra e quadro clínico estável durante os seis meses anteriores ao programa.

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Não havia nenhuma obrigação das empresas parceiras de contratarem os estagiários. Mesmo assim, 42% foram efetivados. “O porcentual seria ainda maior se todos os pacientes contassem com o apoio da família”, pondera Danielle, recordando que algumas famílias receavam abrir mão do seguro-desemprego.

Para Gattaz, o trabalho mostra o desejo dessas pessoas de reencontrarem seu lugar na sociedade. “Também sugere que parte da diminuição do rendimento cognitivo é fruto da inatividade, da baixa estimulação intelectual”, afirma o pesquisador.

(Com Agência Estado)

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