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Terapia genética pode bloquear prazer provocado pela nicotina

Com o tratamento, testado em ratos, fígado produz anticorpos que impedem que a nicotina 'ligue' os receptores de prazer do cérebro

Por Da Redação
27 jun 2012, 14h48

Uma nova terapia genética desenvolvida na Universidade de Cornell, nos Estados Unidos, e testada por enquanto em ratos, pode representar um grande passo para a cura para o vício em cigarro. O tratamento altera os genes do fígado do paciente, para que ele passe a produzir anticorpos que “atacam” a nicotina, impedindo que ela ligue os receptores de prazer do cérebro. A pesquisa foi publicada na revista Science Translational Medicine.

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TERAPIA GENÉTICA

Tratamento que busca alterar o DNA de uma determinada célula, em busca de um resultado benéfico para a saúde de um paciente. Para isso, os cientistas precisam inserir um gene no núcleo da célula e fazer com que substitua outro. Os pesquisadores costumam usar como veículo desse gene um vírus ou retrovírus, pois esses vetores conseguem alterar o material genético de seu hospedeiro. Dentro da célula, o novo gene passa a fazer parte de seu DNA, e pode ser usado para tratar alguma doença.

Após chegar aos pulmões, a nicotina atinge a corrente sanguínea. Em menos de 20 segundos, a droga acaba chegando até o cérebro, onde se liga a receptores específicos e dá início ao processo de recompensa, produzindo as sensações prazerosas que levam os dependentes a desejarem acender outro cigarro.

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Os cientistas têm pesquisado uma vacina que bloqueie a entrada da nicotina no cérebro. Infelizmente, o sucesso não tem sido considerável. Com a injeção de formas alteradas da nicotina no sangue de voluntários, os pesquisadores conseguiram produzir anticorpos contra a substância, mas eles duram pouco tempo e não são produzidos na quantidade necessária.

Por isso, a equipe de cientistas liderada por Martin Hicks resolveu tentar outra abordagem: a terapia genética. Eles descobriram qual a sequência genética necessária para produzir um anticorpo antinicotina e injetaram em um vírus, que serviu de vetor para o tratamento.

Ao ser injetado em ratos, o vírus introduziu seu DNA nas células do fígado do animal, que começaram a produzir o anticorpo continuamente. Essas células imunológicas passaram a percorrer o sangue e a se ligar a qualquer vestígio de nicotina, impedindo sua chegada ao cérebro.

Como resultado, os ratos que passaram pelo tratamento apresentaram no cérebro apenas 15% da nicotina usada nos exames. Além disso, o tratamento diminuiu as alterações na pressão arterial e na atividade locomotiva. Agora, os cientistas querem repetir o processo em primatas antes de testá-lo em humanos.

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